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Que mudemos pelo voto e não por golpe, truculência ou desrespeito a democracia!

Dilma ao lado do vice-presidente Michel Temer durante campanha de 2014

Sinceramente eu prefiro falar e comentar a nossa conjuntura política local, seja ela estadual, regional ou municipal, mas diante da vergonha nacional que nosso Congresso vem proporcionando, não posso baixar a cabeça e me envergonhar, pois tenho que ser mais um indignado dos interesses próprios e me tornar um solidário de todos os homens e mulheres de bem dessa gigantesca nação.

Nesta quarta-feira (09), depois do show de canalhices e quase luta livre televisionado ontem para toda a nação durante a conturbada eleição da chapa opositora para a comissão do impeachment e suspensão do processo pelo Supremo Tribunal Federal (STF), o vice-presidente Michel Temer, afirmou que o país vive uma “normalidade democrática extraordinária”. Temer ainda negou que o PMDB, principal aliado ao Planalto irá retirar o apoio à presidenta Dilma Rousseff. Isso depois de ter vazado a carta que o vice endereçou a Dilma em tom de desafeto.

Já a presidenta Dilma Rousseff esteve hoje em Boa Vista (RR), onde participou da cerimônia de entrega de 2900 unidades habitacionais financiadas pelo Programa Minha Casa, Minha Vida. Durante o evento a Dilma afirmou que não há nenhum delito que justifique seu impeachment e desabafou: “Quero continuar na presidência porque fui eleita para isso”. A presidenta ainda fez questão de frisar em seu discurso que nos últimos 500 anos ninguém fez um programa habitacional como o Minha Casa, Minha Vida.

E no jogo de quem cai e quem fica, seguem os investimentos de partidos da esquerda e da direita com agências de publicidade que elaboram peças emocionantes tanto para o ‘Fora Dilma’ quanto para o ‘Dilma Fica’. E enquanto as eleições presidenciais são antecipadas a vontade soberana da maioria da população está prestes a ser ferida e a democracia brasileira afrontada por vaidade pessoal.

Que se mude de partido na presidência, de nome, mas que isso seja pela vontade popular e não por truculência, golpe, desrespeito a democracia, jogo sujo, ou sei lá qual o nome queiram dar para o episódio. Mas o que há de se respeitar é que se não existe nada a incriminando que os devedores paguem a conta e não aqueles que não tem nada a pagar a não ser o respeito ao voto recebido pela maioria dos eleitores brasileiros.

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