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Quando se paga o bem com um mal.

A experiência nos ensinou o quanto cruel é o ser humano, sobretudo existem pessoas de boa índole. Nessas eu acredito! Convivendo aprendendo de forma voluntária e involuntária a mentalidade e “modus operandi” dos bandidos e das conversas “bonitas” de pessoas longe de qualquer suspeita, cheguei a conclusão que não é tarefa fácil distinguir o bom do ruim. Analisando várias situações, observamos a grandiosidade do problema que começa com desvios de condutas social e mental, falta de educação e oportunidades, violência e todos os tipos de mazelas.

Verificamos no nosso cotidiano discussões entre familiares, vizinhos, amigos, desafetos, companheiros e colegas. Penso! Não vale a pena se irritar. Mas dizer isso para o “eu” é outro conflito. A polícia quando é chamada para alguma ocorrência vai para resolver algo que nenhum mortal resolveu. No primeiro momento “salvar” alguém de uma situação de risco. No outro tentar minimizar algo. Em alguns casos se consegue contornar com uma boa conversa, mas noutros só com alguma força “necessária” e com o devido encaminhamento para autoridade local. Aí vem em determinados momentos uma tentativa de inverter os valores. Quem no ato de praticar o bem e procurar contornar um atrito, é mal interpretado e sai por ruim, vive o dilema.

Quantos crimes são evitados com uma ação policial? Não conseguimos mensurar. Acredito que viemos ao mundo sem maldade no coração, mas ao passar dos anos devido a formação errônea de algumas famílias desajustadas, falsidades, busca incessante pelo poder e dinheiro, falta de respeito com seus semelhantes, amizades negativas, nos faz refletir. Será que muitas pessoas estão recebendo o bem que pregam com o pagamento de atitudes maldosas? Sabe porque isso? Somos incapazes em algumas circunstâncias de reconhecer um gesto de bondade e perceber que a inveja, o ódio e a ingratidão é inerente a nós mortais.

Mais uma coisa é certa! Ou a humanidade muda seus conceitos e começa a valorizar e prestigiar o que temos de virtudes nas pessoas, guardando o cão raivoso existente dentro de nós, ou estaremos fadados ao insucesso. E aí a máxima de Hobbes que ” O homem é lobo do próprio homem.” prevalecerá. E como com disse Leon Tolstoi ” Todo mundo pensa em mudar o mundo, mas ninguém pensa em mudar a si mesmo.”