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Blogs Roberto Lopes

Advogado, Jornalista e Professor. Pós-Graduação em Comunicação e Marketing Empresarial; e mestrados em Direito Eleitoral e Direito Administrativo

Nova rede social da Meta (Threads) é tema do LabTalks nesta sexta, 14; veja como participar

O LabTalks será transmitido ao vivo a partir das 10 horas pelo canal do LABHacker no YouTube

O Laboratório Hacker da Câmara vai debater, nesta sexta-feira (14), as experiências e primeiras impressões com a nova rede social do momento: Threads. Criado pela Meta e utilizando a mesma base de usuários do Instagram, o Threads foi lançado em 5 de julho e já quebrou todos os recordes de seguidores: 100 milhões de usuários em apenas cinco dias, marca registrada na última segunda-feira (10). O LabTalks será transmitido ao vivo a partir das 10 horas pelo canal do LABHacker no YouTube.

Especialistas em inovação, comunicação digital e mídias sociais, os convidados para esse bate-papo são o cofundador da WeGov, empresa com foco em inovação no setor público, André Tamura; a especialista em Inovação em Mídias Interativas, com experiência nas contas digitais do Ministério da Saúde, Defensoria Pública da União (DPU), Governo do Distrito Federal (GDF), Senado e Câmara dos Deputados, Jéssica Macedo; e o estrategista digital, cofundador da BN3 – Marketing Baseado em Números e especialista em distribuição de conteúdo, Marcello Natale.

Polêmicas
Inspirado no Twitter, o Threads, rede social para compartilhamento de textos curtos e notícias em tempo real, já chegou ao mercado em meio a muitas polêmicas. A primeira é uma briga direta entre os responsáveis pelas redes, Mark Zuckerberg, CEO e fundador da Meta (que responde pelo Instagram, Facebook, WhatsApp e agora o Threads); e Elon Musk, CEO do Twitter, depois do anúncio da nova rede. A dupla, de ofensas e alfinetadas mútuas nos últimos dias, passou agora para o desafio de uma luta oficial de jiu-jitsu em um ringue. Até o presidente do UFC, Dana White, declarou que está em contato com os dois bilionários para tentar agendar o evento.

Vale a pena?
Enquanto os CEOs das duas redes brigam ou fingem brigar, os usuários tentam compreender a mais nova rede social e calcular até que ponto vale a pena abrir mais um perfil para acompanhar e alimentar com frequência. No caso de uma conta institucional, por exemplo, os servidores responsáveis devem garantir a conta e aguardar; incluir o Threads, de imediato, no planejamento do conteúdo (lembrando que a equipe é a mesma, só o número de redes aumenta) ou ficar de fora até a poeira baixar?

A grande vantagem da rede é a integração com o Instagram para a criação de uma nova conta. Isso significa que os usuários do Instagram conseguem baixar o aplicativo do Threads nas lojas de apps e, depois de uns poucos cliques, a conta já está disponível com os mesmos dados da outra rede (foto de perfil e informações de bio). Essa facilidade na migração, segundo os especialistas em mídias sociais, deve ter sido a principal razão para os recordes nos números. A marca de 100 milhões de inscritos conquistada em cinco dias superou de longe a de dois meses, do ChatGPT, a inteligência artificial da OpenAI; e de 9 meses, do TikTok, que lideravam esse ranking.

Críticas
Por outro lado, a integração das bases está sendo citada como ponto crítico pois, se a instituição ou usuário decidir deletar sua conta no Threads, perde automaticamente a conta antiga do Instagram com todos os seus usuários já conquistados. Como o objetivo era ser uma rede similar ao Twitter, também foi alvo de críticas desde o lançamento a inexistência de ordem cronológica na timeline. Em outras palavras, como acompanhar notícias em primeira mão se os usuários recebem uma mistura de publicações atuais e mais antigas de pessoas que eles seguem, mais as de contas que não são seguidas, e aparecem por serem influentes ou por algum critério do algoritmo. Outro ponto é que, ao contrário do concorrente Twitter, o Threads não tem um quadro de temas-destaque, os “trending topics”, para orientar os usuários sobre o que está chamando mais a atenção no momento; ou um serviço de pesquisa que entregue essa informação. Muitos desses problemas já são objeto de análise, de acordo com respostas de Zuckerberg e dos responsáveis pela nova rede. A preocupação era lançar a plataforma, do jeito que estivesse, na mesma semana em que os usuários do Twitter se rebelaram com o anúncio de que a entrega dos tuítes seria limitada para não assinantes.

Convidados
Cofundador da WeGov, André Tamura trabalha desde 2015 com inovação no setor público, período em que auxiliou mais de 400 instituições com treinamento para servidores e orientação no planejamento de laboratórios de inovação. É um dos criadores do Programa HubGov – HubJus, case publicado em 2018 no Observatório de Inovação do Setor Público da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).

Jéssica Macedo é jornalista e especialista em Inovação em Mídias Interativas pela Universidade Federal de Goiás (UFG). Está no setor público há 13 anos, dos quais boa parte dedicou-se ao universo digital, inclusive na Câmara e no Senado. Atualmente é gerente de contas digitais no Ministério da Saúde.

Marcello Natale é estrategista digital e especialista em distribuição de conteúdo por meio de mídias pagas, com atuação na comunicação pública em diversas regiões do Brasil. Cofundador da BN3 – Marketing Baseado em Números, trabalha na estratégia de comunicação de importantes figuras públicas, políticos e instituições. É cocriador do Compol, evento de comunicação política realizado no sul do país.

Participação on-line
Para participar do LabTalks e interagir durante o debate, é só acessar o canal do LabHacker no YouTube e, se quiser, mandar dúvidas ou comentários pelo chat, que são respondidos durante a live. Os vídeos ficam gravados no canal.

O LabTalks reúne pessoas interessadas em contar suas experiências, novas propostas e curiosidades, com temáticas ligadas à tecnologia, inovação e democracia. Os encontros virtuais têm duração de uma hora e são realizados quinzenalmente.

Fonte: Agência Câmara