A presidente Dilma Rousseff sancionou, ontem (10), a Lei 12.519/11 decorrente de um projeto da ex-senadora Serys Slhessarenko (PT/MT), que Institui o Dia Nacional de Zumbi e da Consciência Negra, a ser comemorado, anualmente, no dia 20 de novembro, data do falecimento do líder negro Zumbi dos Palmares.
Para a então senadora Serys Slhessarenko, os quase quatro séculos de escravidão fizeram com que o preconceito de cor lançasse raízes profundas entre os brasileiros. “Nós, brasileiros, temos contas a acertar com a raça negra, na medida em que foram seus membros, escravizados, que construíram a maior parte dos fundamentos históricos da riqueza nacional”, afirma.
O “Dia Nacional de Zumbi e da Consciência Negra”, não se trata apenas de homenagem aos afro-brasileiros, mas sim de um instrumento político para causar certos efeitos na cultura brasileira. “Além do efeito simbólico, há uma também uma dimensão mobilizadora na criação da data nacional em questão. E, por fim, de vemos pensar essa efeméride não apenas como uma iniciativa do Congresso Nacional, mas também como um dos lados de um fenômeno de larga escala, que vem ocorrendo na sociedade como um todo há mais de vinte anos: a eclosão da consciência negra”, afirma Serys Slhessarenko.
Zumbi dos Palmares nasceu no estado de Alagoas no ano de 1655 e durante 14 anos, comandou a resistência de milhares de negros contra a escravidão, no Quilombo dos Palmares, localizado na Serra da Barriga, que, atualmente, faz parte do município de União dos Palmares (Alagoas).
Zumbi é considerado um dos grandes líderes de nossa história. Nasceu livre e foi capturado com sete anos de idade. Com 25 anos, tornou-se líder do Quilombo dos Palmares. Aos 40 anos de idade, foi degolado em 20 de novembro de 1695.