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Prefeita Quitéria Mendes causa frisson em seminário sobre o pré-sal na Bahia

A cidade de Cardeal da Silva não tem lá nenhuma beleza natural digna de capa de revista. Até que se atravessa a porta do gabinete da prefeita Maria Quitéria Mendes. Aos 31 anos, dois filhos e curvas de fazer inveja a muita garota de academia, a musa do Executivo só não para o trânsito porque ele praticamente não existe no município de quase dez mil habitantes, próximo à divisa com Sergipe.

Em Salvador, a passagem da prefeita no seminário do Jornal Correio da Bahia sobre o pré-sal, no início do mês, teve efeito de dardo paralisante e causou frisson na plateia. Um tsunami em forma de mulher, mistura de índios, pelo lado materno, com italianos, pelo paterno. “Que prefeita é essa!”, comentava-se.

Maria Quitéria, homônima da lendária heroína do Dois de Julho, diz que não quer ser lembrada apenas por seus atributos físicos. Eleita com os votos de 41% dos mais de 6,3 mil eleitores do município, a prefeita do PSB conseguiu, sem vir de uma família de tradição política e sem nunca ter sido candidata a nada na cidade, derrotar as duas oligarquias que dominavam Cardeal da Silva: os Argôlo e os Improta. Agora, promete revolucionar a gestão do município. “Estou preparando um novo código tributário, que vai multar pesado quem agredir o meio ambiente”.

Sobre a beleza, ela diz que não se acha “essas coisas todas que vocês, do Correio da Bahia, estão dizendo”. Somos nós, não, prefeita; é o povo. Maria Quitéria engrossa o cordão das mulheres superpoderosas da Bahia, reveladas pelo Correio numa reportagem com o perfil da delegada Patrícia Nuno. Nuno ficou conhecida como Delegata e virou musa da polícia. Agora, ganha rival na política. Diante da prefeita Maria Quitéria, o trocadilho é inevitável. “Prefeita, o quê? Perfeita, é o que ela é”

Ah! Um aviso para quem se animou a visitar o “cartão- postal” de Cardeal da Silva e tentar conhecer a prefeita perfeita: ela é casada, e o marido, bem, não gosta nada desse assédio todo.

Prefeita, a senhora acha que ser bonita ajudou na sua eleição?
De jeito nenhum. Até porque minha principal adversária também é bonita. Acho que o principal foi minha plataforma, baseada no trabalho social e na gestão consciente dos recursos do município. Ah! Também a questão de que, sem inteligência, beleza não resolve. Sou formada em administração e já fui secretária municipal (de Cultura e Turismo, em Penedo, Alagoas). Tenho experiência e conheço bem a administração pública.

Mas ser bonita ajuda em algumas coisas… Sei usar bem o que você está chamando de beleza. É claro que facilita na hora de abrir as portas dos gabinetes. Mas, se passa do profissional para o pessoal, dou logo minha facadinha nos peitos do engraçadinho e o coloco em seu devido lugar.

O que a senhora está achando do trocadilho que fizeram, o de a ‘perfeita’ de Cardeal da Silva?
Agradeço, mas não me acho perfeita. Procuro ser, mas apenas em relação ao meu trabalho. Nem sou tão vaidosa assim. Só estou mais ou menos arrumada porque sabia da vinda de vocês.

Fonte: Correio da Bahia