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Porque os chamei de amadores e eles continuaram da mesma maneira

Ao encerrar o Campeonato Alagoano da segunda divisão, competição que teve o Penedense como vice-campeão e consequentemente, com vaga garantida na elite do futebol do nosso Estado em 2012, venho tocar num assunto que me parece, irritou profundamente os mandatários ribeirinhos.

Primeiro que tudo, sinto-me na obrigação de parabenizar todos aqueles que contribuíram para que essa conquista fosse alcançada. Dirigentes, torcedores, parceiros, comissão técnica e principalmente, os jogadores.

Falei o principalmente, em relação aos jogadores, porque os mesmos conseguiram superar inúmeros percalços que aconteceram no início da pré-temporada, no durante e ao final da mesma. Repito e enfatizo o quantitativo: inúmeros!!!!

Evitei tocar nesse assunto antes do término da competição, porque alguns bobocas/babacas “jornalistas”(!!!!???) e alguns diretores, poderiam voltar a tocar no já cansativo assunto: que eu torço contra o nosso clube. Sempre torcí pelo nosso representante, mas não posso ver as coisas erradas e me calar perante a opinião pública, pois seria conivente com os equívocos cometidos por alguns dos seus dirigentes, que eu mesmo os chamei de amadores.

Será que, se eu agisse sempre dizendo que estava tudo bem, que era tudo muito natural (insucessos/derrotas/fracassos) e que estavam todos de parabéns, como fazem alguns pseudos “jornalistas” (!!!???), eles iriam entender a real necessidade de reforçar o nosso fraco time do começo do campeonato? Sinceramente, creio que não.

Mas passo a elencar abaixo, muitos exemplos de amadorismo dessa diretoria que está encerrando o seu mandato e que, mesmo assim, foram superados pelo jogadores do alvirubro do Cajueiro Grande. Senão, vejamos os “Dez Exemplos” :

Primeiro – Contrataram uma Comissão Técnica que não ficou dez dias no clube. Isso numa fase de suma importância, que é a pré-temporada. Até a saída de um técnico, eu posso considerar normal, mas toda a comissão, não. Inadmissível!

Segundo – Com menos de quinze dias de trabalho, agendaram um amistoso na cidade de Neópolis, quando o elenco ainda não tinha encerrado o ciclo de preparação física, tão importante nesse período. Jogadores travados e sem muito preparo físico, aliado a baixa qualidade técnica, resultado: fomos goleados na vizinha cidade.

Terceiro – As contratações ficaram bem abaixo da média, pois o nível técnico daquele grupo inicial era por demais fraco.

Quarto – Para piorar as coisas, depois do jogo de estreia, eles asseguraram que o frágil grupo estava fechado para a disputa do campeonato. Aqui prá nós, o que vai determinar se um grupo está fechado ou não, são os resultados obtidos durante o torneio.

Quinto – Os exames médicos não foram realizados na época certa, ou seja, nos primeiros dias de atividades. Pasmem, a Segundona começou e diversos jogadores ainda não tinham realizado as respectivas avaliações. Um absurdo!

Sexto – Deixaram sair os jogadores (aqueles de Coruripe) que chegaram para dar um toque de qualidade técnica ao nosso grupo e que foram os maiores responsáveis pela melhora do nosso time e a consequente classificação. Sem eles, não chegaríamos nem no Quadrangular.

Sétimo – Esses atletas foram embora num sábado e na véspera, dois dirigentes asseguraram para os torcedores, através dos microfones da rádio Penedo FM, que eles estariam em campo no domingo. Detalhe: ainda tivemos a revelação do “Zagallo penedense”, que assegurou: “eles vão ter que nos engolir”. Kkkkkk. Isso é um verdadeiro faz-me rir, messsssssmo! Posso até engoli-lo, mas na hora de expelir, acho que a repugnância será tamanha, que nem sei por onde o mesmo será eliminado (Rsrsrsrs).

Oitavo – Essa é demais!!! O time foi decidir a sua classificação em Maceió, diante do Rio Largo, viajando num microônibus. Isso mesmo, senhores internautas. Viajar para definir o futuro no torneio, com todos os jogadores espremidos dentro de uma “lata de sardinha”, me desculpem, mas não posso chamar isso de profissionalismo. Mesmo assim e mais uma vez, os atletas superararm essas adversidades e obtiveram êxito, vencendo e se classificando para a série A, em 2012.

Nono – Por mais que convocassem os torcedores da apaixonada torcida ribeirinha, para comparecerem ao Alfredo Leahy, não alcançamos em nenhum momento, a casa dos mil torcedores. Nem na primeira partida da final, disputada dentro do nosso “Caldeirão da Alegria”, chegamos nesse patamar. Acrescente-se que, no último coletivo antes da final, disputada em Olho D'Água das Flores, não tinhamos trinta torcedores assistindo ao treino. Não me lembro de tamanha façanha negativa nas hóstis do Cajueiro Grande.

Décimo – Para terminar, prometo, o pagamento de apenas trinta por cento do salário dos atletas, aconteceu num bar da orla ribeirinha, na frente de alguns curiosos que puderam ver a insatisfação generalizada no semblante de todos os jogadores, que esperavam receber o salário completo. Creio que o lugar ideal para se fazer esse tipo de coisa, seja a sede social do clube e não em local público. Que fique mais essa lição.

Finalizando, gostaria de salientar que ser amador, não é demérito algum, pois ninguém nasce ou começa qualquer atividade, ciente de todas as coisas, ou com um grau exacerbado de profissionalismo. Não quis ofender ninguém, apenas mostrar fatos equivocados e colaborar para a melhora do nosso time. Continuarei sempre assim, gostem ou não, pois não sei fazer jornalismo com puxasaquismo, fato lamentável que alguns teimam em realizar na nossa cidade. Um abraço e boa sorte ao Penedense no próximo ano!