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Penedense: A soberba de alguns fez a decepção ser bem maior

O Penedense alcançou o seu objetivo principal dessa temporada. De forma antecipada, a equipe ribeirnha conquistou o acesso à Primeira Divisão do nosso futebol. O feito foi digno de elogios aos envolvidos: jogadores, dirigentes, comissão técnica e torcedores.

Todavia, no último jogo, algumas lições precisam ser tiradas depois da frustrante derrota para o São Domingos, dentro de um “Alfredo Leahy” quase lotado e que teve a presença de mais de mil torcedores, com certeza.

Pensando em 2016, devemos ter a consciência que esse grupo, apesar de unido e esforçado, é muito limitado, tecnicamente falando. A Série B, além do ridículo número de times participantes, apenas três, apresentou um péssimo nível técnico. Não nos enganemos, por favor.

Acredito até que a diretoria saiba disso e tenha em mente o interesse de aproveitar poucos jogadores desse plantel que aí está. Ao mesmo tempo, tenho a convicção que tudo dependerá do recurso financeiro que irá dispor para a disputa da “Primeirona”.

Ao meu ver, o treinador Evanílson Nunes conseguiu tirar “leite de pedra”. Diante da fragilidade técnica do time ribeirinho, ele venceu adversidades, uniu o grupo de atletas e fez com que o mesmo se superasse, em todos os sentidos.

Mas voltando ao domingo (18), deixar um trio elétrico bem na porta do “Caldeirão da Alegria”, associado ao clima de já ganhou de alguns cartolas, que bebiam alegremente durante o transcorrer do jogo, ao meu ver, é algo inadmissível. A euforia faz parte sim, mas do perfil dos torcedores.

Essa demonstração de soberba, aliada ao fato de vermos muitos políticos presentes ao estádio do Cajueiro Grande, fato que quase sempre não ocorre e lá estavam com “segundas intenções”, que não a de torcer pelo nosso time, me leva a crer que sofremos um castigo dos “Deuses do Futebol' e que a lição deva ser bem aprendida. Teve vereador que até posou de ponta direita do nosso time. E olhe que esse vai em quase todos os jogos, ao contrário de muitos que lá estiveram.

Voltando aos dirigentes, lamento o esquecimento de um detalhe simples, mas também importante. Ao longo da semana que antecedeu essa última partida, a genitora do atacante Wesley faleceu e eles sequer solicitaram um minuto de silêncio em apreço ao seu atleta.

Por fim, depois da derrota decepcionante e aí vai o meu humilde conselho, que os mesmos não voltem a discutir problemas de ordem interna diante da torcida, em plena arquibancada e com as respectivas cabeças bem aquecidas pelo revés sofrido. Esperem os ânimos serenarem e escolham um local reservado para tal fim. Que fiquem as lições e que o ano vindouro seja de muitas alegrias!