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O estilo Jackson contagiou até os apreciadores do Arrocha

Michael Jackson desafiou a ciência e brincou de Deus

A morte do astro pop Michael Jackson, abalou o mundo, entristeceu fãs e animou muitos comerciantes que sentiram de perto o aquecimento das vendas dos produtos relacionados ao cantor meio-humano. Jackson que nascera negro não se contentou com sua cor e resolveu brincar de Deus, desafiando a ciência e aos cientistas que cegos pelos milhões de Michael, lhe prometeram nova cor, algo que lhe seria dado como um presente dos homens, contrariando, talvez a vontade do próprio Deus.

Milhões sumiram rapidamente das contas de Jackson nos últimos anos, depois que as denuncias de abuso sexual contra menores abalaram a imagem do astro e o fizeram (em vida) um terror dos garotinhos. Agora, parece que tudo não passou de boato e ele era um sujeito bom, honesto e nunca abusou de nada nem de ninguém. Não é assim que acontece muitas vezes com os que partem dessa para outra? O sujeito era mundialmente excomungado, mas, depois da morte, bastou a realização de um mega-velório com uma super produção para absolver-lhe todos os pecados. Pobres anônimos que sofrem sem condenação e pagam sem cometer crimes, mofando injustamente em muitos presídios pelo mundo afora!

Mas, o que mais me chamou a atenção nos últimos dias é o efeito Michael Jackson em alguns amantes do estilo arrocha. Isso mesmo, aquele estilo musical que reúne sempre alguns apreciadores da manguaça em típicos “escora-tapa”. Com os carros parados e a mala aberta, o som se propaga pelo ar e o rei do pop está lá dando novas versões para suas músicas nas vozes já trêmulas dos ébrios cidadãos.

Com o estilo dançante de Michael Jackson ou com os melosos sucessos do arrocha, os amantes do momento seguem com suas farras, valendo a tradução das músicas do inglês para um idioma ainda desconhecido, mas, que com um estampado sorriso no rosto mostra a beleza de continuar vivo e sendo feliz.