A cena me foi relatada por um “Observador de Esquina” (coisa copiada de Fidel, que ao idealizar a Ilha, criou o “Fiscal de Quarteirão”): Francisco Sousa Guerra, advogado, procurador do município e presidente do SINDISPEN – Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Penedo, também diretor estadual e nacional da Força Sindical, empurrando um carrinho de supermercado e entrando na Unidade de Emergência Antonio de Jesus.
Como o fato despertou a curiosidade dos passantes, uma bolsa de apostas foi criada para ver quem acertava o motivo das compras.
Seria um familiar guloso do destemido advogado que estaria em observação na Unidade?
Teria ele deixado o carro no “ESTACIONAMENTO DAS AMBULÂNCIA” (eu não esqueci o plural, deve ter sido o pintor!) e estaria levando as compras para casa?
Ou, pelo excesso de…tecido adiposo, estaria o Dr. Tico realizando algum esforço físico?
Apostas feitas, vamos à averiguação do fato: Dr. Tico realmente entrou no supermercado, fez compras (ovo, massa de milho, salsicha, pão, bolo, margarina, café, açúcar…) e atravessou a rua em direção à Unidade de Emergência, segundo ele para levar aos trabalhadores do turno da noite o lanche que os ajudaria a enfrentar a demanda daquela unidade hospitalar com mais disposição.
Motivo: o lanche que há muitos anos era fornecido pela Secretaria de Saúde aos profissionais que varam a noite atendendo às ocorrências foi cortado por contenção de despesas (culpa da crise).
Enquanto isso, nos restaurantes estão mantidos os fartos almoços e jantares de muitas, muitas pessoas, pagos através de notinhas que são assinadas pelos privilegiados temporários do poder.
Lembrei-me de uma velha brincadeira de criança: dedo mindinho, seu vizinho, maior de todos, fura bolo, cata piolho. Cadê o queijinho que estava aqui? O rato comeu!!
