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Március Beltrão reafirma que houve fraude na eleição de 2008

O ex-prefeito de Penedo, Március Beltrão, voltou a afirmar publicamente que houve fraude na eleição de 2008. Durante entrevista a uma emissora de rádio local, o político citou supostas irregularidades registradas durante o pleito, mas admitiu que seu grupo “cochilou”, relaxamento que também contribuiu para sua derrota nas urnas.

Nos processos encaminhados à justiça que atualmente tramitam em nível federal, Március Beltrão declarou que ‘tem para escolher’ entre os tipos de irregularidades. Ele afirmou que houve direcionamento dos ônibus fiscalizados pela justiça eleitoral para atender os eleitores “simpáticos” à coligação adversária, embarcados na Pindorama mediantes conferência de lista com nomes de pessoas “solidários” à candidatura de Alexandre Toledo/Israel Saldanha.

Procedimentos ilegais também aconteceram nas seções de votação, com centenas de casos de pessoas que votaram por outras, denúncia comprovada por exame grafotécnico anexados aos processos, segundo Március Beltrão. O ex-prefeito e ex-vereador por Penedo disse ainda que comprovantes de votação foram entregues a terceiros e até achados em uma lixeira da Escola Estadual Gabino Besouro, local que reúne grande quantidade de votantes.

Presidente de mesa votou por 17 vezes

“Não sei se é verdade, mas uma pessoa veio me dizer extraoficialmente que teriam sido destacados antes mesmo de começar a votação para poder controlar a quantidade de votos que iria ser colocada nas urnas”, declarou Március Beltrão ao repórter João Lucas. O político acrescentou que um coordenador de sua campanha detectou que um presidente de mesa de uma seção eleitoral votou por dezessete vezes.

As ações julgadas até agora foram acatadas pelo Ministério Público Federal, segundo declarou o político ao blogueiro, irregularidades apontadas como um dos motivos da perda de sua reeleição. Além disso, ele admitiu que foi derrotado por culpa própria e pela ineficiência de seu grupo no quesito fiscalização no dia do pleito, ação que a justiça eleitoral não teve mão de obra para atuar com o deveria, conforme declarou na entrevista ao radialista.

A derrota também foi atribuída ao grande aparato montado pela coligação adversária, apoiada pela máquina do governo estadual, tema que dominou a entrevista que também abordou outros assuntos polêmicos.