Penedo possui um rico acervo arquitetônico e cultural. Basta apenas que a população lute, seja bairrista
Neste início de mês pude acompanhar duas pautas importantes, acontecimentos voltados para Penedo. Uma foi à assinatura da ordem de serviço para a Requalificação do Largo de São Gonçalo, com o arquiteto penedense e também superintendente do IPHAN em Alagoas, Mario Aloisio. O segundo, a visita técnica do coordenar Nacional do Programa de Aceleração do Crescimento das Cidades Históricas (PAC 02), Robson Almeida.
E, diante da importância dos acontecimentos, constatei a nossa pequenez, unida a falta de bairrismo por Penedo. Cada gesto, podemos ou não mostrar o quanto torcemos por Penedo. Enquanto alguns poucos corrompem contra tudo e contra todos, visando apenas uma bandeira política e, até um emprego de um salário mínimo, ao final de tudo, quem perde somos nós. Se a cidade não ganha, também saímos perdedores.
Tudo que você fizer, reflete na cidade. Vamos deixar de ser pequenos. Ainda vou além, vamos acabar com a síndrome do cachorro vira-latas. ‘Pensar que nada pode acontecer em Penedo’. Reconheço que estamos enfadados de tantas promessas. Ponte e Distrito Industrial. Para tudo devemos ter cautela. Mas, vou partir do pressuposto que um investimento empregado tão alto para o projeto executivo da ponte no valor R$ 2 milhões, que não foi fácil de conseguir, depois de tudo, seria apenas engavetado.
Ninguém emprega tanto dinheiro para depois não lutar pelos recursos. O projeto com recursos sendo alocados do orçamento da Codevasf deve ser concluído até o final do ano. Enquanto alguns pequenos, não só de caráter, diante da grandiosidade de Penedo, torcem contra, devemos esperar para ver o desfecho.
Resolvi escrever, também diante dos dois importantes acontecimentos, realmente, senti pequeno, vergonha alheia. Na assinatura no Largo de São Gonçalo, Mario Aloisio disse: “Vamos trabalhar para resgatar o amor pela cidade”.
Realmente, estamos precisando mostra mais carinho por ela, deixar de lado o partidarismo e lutar cada um por Penedo, cada morador devendo fazer sua parte. Sua frase retrata bem que não mostramos amor. São pontos de lixo que a população faz em diversos locais da cidade. É o lixo que o morador colocou após a passagem do coletor. No trânsito, o motorista joga o lixo pela janela. O proprietário do imóvel reforma sua casa e joga na rua os restos da construção, esperando que o poder público limpe a sua sujeira e falta de educação. A falta de educação do trânsito, desrespeito em dar prioridade a um pedestre. O pichador que destrói o prédio público por uma rebeldia sem causa. E você que viu e não denunciou a atitude ‘babaca’ deste. Estes são apenas alguns.
Cada gesto, uma demonstração pequena, que pode até fazer com que um turista deixe de frequentar a cidade. O contraponto, o quando nossa cidade é bem vista por quem aqui não mora. Muitas vezes mostram mais apreço, que os nativos.
Penedo foi contemplado no PAC das Cidades Históricas com mais de R$ 20 milhões para obras de restauro e qualificação, diante do seu rico acervo arquitetônico e cultural. E nesta quinta-feira (06), o coordenador nacional do programa federal veio até Penedo, no intuito de vistoriar as obras em andamento, e também constatar os trabalhos de restauro do Convento Franciscano Santa Maria dos Anjos.
O ato é muito importante, mostra o quanto Penedo é bem vista aos olhos de pessoas de fora. O coordenador Robson Almeida reconheceu as conquistas, e ainda, surpreendeu, orientando que o poder público continue a fazer projetos pela cidade, para com isso, buscar recursos em Brasília. Para obras, projetos precisam ser desenvolvidos.
Diante das atitudes de ambos que ocupam cargos significativos no governo federal e explicitam aos quatro cantos o carinho por Penedo, resolvi expor e cobrar mais bairrismo pela cidade que escolhemos para morar e tirar o nosso sustento, criar nossos filhos, seja nativo ou adotado. Penedo é muito maior que a pequenez de alguns poucos que torcem pelo seu insucesso.
