Hoje, 10 de setembro é o Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio. A data foi definida pela Associação Internacional para a Prevenção do Suicídio (IASP) e é endossada pela Organização Mundial da Saúde (OMS). O momento é um convite a um compromisso global para se refletir sobre o tema sem preconceitos e tabus, focando na necessidade de uma ação coletiva para se dar mais visibilidade à saúde mental.
O Anuário Brasileiro de Segurança Pública, do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, aponta que o número de suicídios cresceu 11,8% em 2022 na comparação com 2021. De acordo com especialistas, é preciso quebrar o silêncio sobre o tema e acolher quem demonstre o desejo de tirar a própria vida.
Veja alguns indícios, segundo a campanha Setembro Amarelo:
– Expressão de ideias ou de intenções suicidas;
– Publicações nas redes sociais com conteúdo negativista ou participação em grupos virtuais que incentivem o suicídio ou outros comportamentos associados;
– Isolamento e distanciamento da família, dos amigos e dos grupos sociais, particularmente importante se a pessoa apresentava uma vida social ativa;
– Atitudes perigosas que não necessariamente podem estar associadas ao desejo de morte (dirigir perigosamente, beber descontroladamente, brigas constantes, agressividade, impulsividade, etc.);
– Ausência ou abandono de planos;
– Forma desinteressada como a pessoa está lidando com algum evento estressor (acidente, desemprego, falência, separação dos pais, morte de alguém querido);
– Despedidas (“acho que no próximo Natal não estarei aqui com vocês”, ligações com conotação de despedida, distribuir os bens pessoais);
– Colocar os assuntos em ordem, fazer um testamento, dar ou devolver os bens;
– Queixas contínuas de sintomas como desconforto, angústia, falta de prazer ou sentido de vida;
– Qualquer doença psiquiátrica não tratada (quadros psicóticos, transtornos alimentares e os transtornos afetivos de humor).
Veja como obter ajuda:
– Centro de Valorização da Vida (CVV), realiza apoio emocional e prevenção do suicídio, atendendo voluntária e gratuitamente todas as pessoas que querem e precisam conversar, sob total sigilo por telefone, e-mail e chat 24 horas todos os dias.
– Mapa da Saúde Mental, que traz uma lista de locais de atendimento voluntário online e presencial em todo país.
– Pode Falar, um canal lançado pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) de ajuda em saúde mental para adolescentes e jovens de 13 a 24 anos. Funciona de forma anônima e gratuita, indicando materiais de apoio e serviço.
Fonte: EBC