Privado a mais de dezessete meses de sua maior paixão, os desportistas penedenses continuam orfãos e aflitos, pois desde então, o esporte que é o preferido das multidões não têm acontecido na nossa cidade.
Sucessivos recursos, liminares e agravos têm caracterizado a polêmica envolvendo Sport Clube Penedense e Federação Alagoana de Futebol. Não querendo entrar no mérito da questão, lamento apenas que todos nós, amantes do futebol, ficamos todos esses meses limitados a assisti-lo apenas pelas ondas de rádio, televisão, ou então frequentando outros estádios que o não nosso conhecidissímo caldeirão Dr. Alfredo Leahy.
O ano de 2010 se aproxima e a justiça determinou o retorno do nosso alvi-rubro do Cajueiro Grande ao campeonato, porém o senhor Gustavo Feijó já entrou com recurso junto ao Superior Tribunal de Justiça para que tal fato não venha a acontecer. Como fica a cabeça dos desportistas penedenses? leigos que somos apenas podemos torcer para que esse prolongado embrólio chegue o mais rápido possível a um acordo e que possamos, evidentemente, termos futebol profissional na nossa cidade.
É bom lembrar que ao longo dos anos o Penedense não foi apenas um time de futebol, paralelamente a isso, desenvolveu um papel social, despertando na nossa juventude o interesse pela prática do futebol e principalmente, viabilizando condições para que atletas da nossa cidade e da nossa região dessem um Norte em suas vidas, se tornando não só jogadores mas pessoas de bem na nossa sociedade.
Hoje em dia quando vemos um Júnior em Portugal, um Dão no Guarani de Campinas, um Marcelo Mamão trabalhando em muito clubes do Brasil e até do exterior, um Marinho no Internacional de Porto Alegre e na Seleção Brasileira sub-20, ficamos não só felizes pelo exito desses atletas, mas principalmente pela importância que o sucesso deles fez despertando o interesse futebolístico nas novas gerações de penedenses e ribeirinhos. Vale-se salientar que quando o Penedense esteve afastado por uma década do futebol profissional, nenhum craque surgiu no futebol da nossa terra. À partir de 1997, com o início do trabalho nas categorias de base e com o reaparecimento do nosso clube no campeonato de futebol profissional no ano 2000, a realidade passou a ser outra completamente diferente daquela que existia na década anterior. Os craques brotaram sendo que alguns alçaram vôos maiores, enquanto outros ficaram por aqui, mas o mais importante é que o caminho que o futebol do Penedense propiciou a esses atletas, fez deles homens na excepcionalidade da palavra, justificando assim a função social relatada no início da matéria.