Com a taxa básica de juros (Selic) ainda em patamares elevados no Brasil, a contratação de financiamentos tem se tornado uma decisão que exige cada vez mais cautela. Seja para adquirir um imóvel, um veículo ou até mesmo para realizar projetos pessoais, é preciso refletir: vale a pena se comprometer com uma dívida a longo prazo neste cenário?
O financiamento pode, sim, ser uma solução viável para quem não dispõe do valor total à vista. No entanto, ele também pode se tornar uma armadilha perigosa quando feito sem planejamento ou em momentos desfavoráveis, como o atual, em que os juros estão altos. Isso significa que, ao longo dos anos, o valor pago pode ser até o dobro — ou mais — do valor financiado.
Além disso, muitas pessoas assumem parcelas que “cabem no bolso” hoje, mas esquecem de considerar imprevistos, mudanças na renda ou até mesmo outras obrigações que surgem ao longo do tempo.
Antes de financiar qualquer bem, é fundamental ter clareza da própria situação financeira. Pergunte-se:
- Tenho uma reserva de emergência?
- Posso arcar com as parcelas sem comprometer meu orçamento mensal?
- Já simulei quanto pagarei ao final do contrato?
- Estou priorizando uma necessidade ou um desejo?
A organização financeira ajuda a evitar que o financiamento vire um peso. Muitas vezes, adiar uma compra e juntar dinheiro pode ser mais vantajoso do que entrar em um contrato longo e custoso.
Em um momento de juros altos, o planejamento e a paciência se tornam grandes aliados. É tempo de refletir, fazer contas e evitar decisões por impulso. Lembre-se: o endividamento mal planejado pode comprometer a sua liberdade financeira por muitos anos.
A Bíblia também nos orienta sobre a importância de planejar e cuidar bem dos nossos recursos. Um versículo que nos inspira neste contexto é:
“Os planos bem elaborados levam à fartura; mas o apressado sempre acaba na miséria.” Provérbios 21:5 (NVI)