Mantendo o que vem acontecendo nas suas inúmeras estreias em Copa do Mundo, mais uma vez, a Seleção brasileira encontrou muitas dificuldades para vencer, agora a Coreia do Norte por 2 x 1, em sua primeira partida na África do Sul.
A despeito dos três ou quatro treinos secretos que o treinador Dunga realizou em Joanesburgo, nosso selecionado pareceu um verdadeiro campeão de natação. Nossa equipe não apresentou nada de talento, nada de criatividade e por último, nada de novo. Menos mal que, a exemplo das Copas anteriores, também obteve a vitória na sua estreia.
Apresentando um futebol muito lento e previsível, onde apenas Robinho se salvou, com seus constantes deslocamentos, procurando criar alguma coisa, o time de Dunga decepcionou a todos os brasileiros. Some-se a esse péssimo futebol, a clara e nítida falta de ritmo de jogo dos jogadores Kaká e Luís Fabiano. O gozado disso tudo é que o próprio Dunga criticou a Seleção de 2006, pelo fato do Parreira ter levado alguns jogadores completamente fora de forma, casos específicos de Ronaldo Fenômeno e Ronaldinho Gaúcho. Estaria o nosso técnico repetindo a história? Não quero acreditar nisso.
Todos sabem que sem movimentação ou sem deslocamentos e também sem criatividade no meio de campo, fica difícil vencer qualquer jogo de futebol, independentemente da qualidade do adversário. Para piorar ainda mais as coisas, todo seleção que joga contra o Brasil, procura não se expor, jogando quase sempre na defesa. Com essa postura dos inimigos, somente com muita habilidade individual posta em prática, com velocidade no toque de bola e com passagens constantes dos laterais para a linha de fundo, é que se pode superar as defesas que aparecem ou aparecerão pela frente do nosso selecionado.
Nessa partida diante da Coreia do Norte, na única jogada de linha de fundo, coincidentemente ou não, saiu o gol do lateral Maicon. Acredito que o nervosismo da estreia não tenha sido o único inimigo do Brasil. A falta de jogadas ensaiadas ficou claro, apesar desse grupo estar trabalhando junto desde 2007. Será que Dunga está pensando apenas em futebol-resultado? Contra uma Coreia do Norte isso pode funcionar, mas contra seleções fortes, é preciso lembrar a necessidade de jogar futebol para se sair vitorioso.
Sinceramente, torço ao lado de todos os brasileiros para que, já na próxima partida, diante da Costa do Marfim, no domingo, nossa Seleção consiga apagar a frustrada e decepcionante imagem deixada em seu primeiro jogo. Continuo acreditando no talento dos nossos jogadores, só espero que a equipe apresente um volume de jogo mais consistente e um futebol mais convincente.