Influenciados pelo marketing moderno ou por aqueles que vivem em outra realidade, mas, sempre sabem a solução e adequação para as coisas do Penedo, aqueles que estão no comando da maior festa religiosa e profana do Baixo São Francisco, parecem ter entrado numa espécie de surto hipnótico e de uma hora para a outra resolveram deixar que o símbolo maior de nossa festa ficasse fora do material publicitário.
Não quero procurar culpados, nem vilões, até porque, incrivelmente, já disseram que o mal sempre vence o bem. Isso está gravado! No entanto, ficamos decepcionados com as desculpas esdrúxulas e não convincentes, arranjadas pelos próprios marqueteiros, justificando o samba do crioulo doido como a adequação dos novos investimentos das empresas públicas que não podem mais apoiar eventos religiosos. Meu Deus que aberração! Se assim é, como ficará o Sírio de Nazaré, em Belém? A Festa do Senhor do Bonfim, na Bahia? O próprio Bom Jesus de Propriá, em Sergipe? E de tantos outros municípios que realizam a tradicional festa em homenagem ao Bom Jesus. Todas elas recebem incentivos dos governos estadual e federal. Será que os Marqueteiros de lá, aprenderão também a justificar as mancadas com desculpas esfarrapadas dessa natureza?
Sinceramente tenho ouvido algumas coisas sobre os festejos do Bom Jesus dos Navegantes em Penedo que fico boquiaberto. Recentemente num encontro realizado no SINDSPEM com a participação do Deputado Federal Givaldo Carimbão, ouvi o próprio parlamentar dizer que a festa agora estava voltada a um público diferente, longe daquele que antigamente parava para ouvir a “Banda Calcinha Preta” tocar. O problema ai é único e exclusivamente com o nome da banda, pois, o que o nobre deputado não sabe é que a abertura da Festa de Bom Jesus, em sua 126ª edição, será feita pela Banda Cavaleiros do Forró e, dessa forma já imagino o grito de guerra da banda saudando o glorioso Santo Padroeiro dos Navegantes. Viva Bom Jesus dos Navegantes! E Pega Fogo, Cabaré! Hoje é Cachaça, Mulher e Gaia!
Santa hipocrisia que paira sobre as cabeças dos administradores que se submetem aos caprichos dos que acham que sabem o que faz parte de nossa tradição e, começam a querer extirpar de nossas memórias as velhas lembranças de uma festa que há 126 anos faz parte da nossa história, do nosso bairrismo e do nosso povo.