Antes de qualquer coisa deixo claro que não defendo nenhuma “teologia ou ideologia de gênero” da forma como está posta nas redes sociais, mas ficar isento do debate que atualmente está acontecendo de forma irresponsável e propagado nas redes sociais com pura falácia de ignorantes que se sentem donos da verdade, é algo constrangedor para quem também é pai, educador e tem pesquisado sobre o assunto.
O debate sobre a construção do Plano Estadual de Educação, algo que está sendo debatido nos parlamentos e ainda não tomou uma forma, tem sido discutido e explanado de forma irresponsável e sem embasamento lógico. Uma tal cartilha que não existe de fato a não ser nas redes sociais é a principal ferramenta utilizada nos discursos de grupos que inclusive se autodenominam ‘apartidários’.
Na última sessão ordinária da Câmara de vereadores de Penedo um grupo esteve presente para explanar sobre a tal cartilha que não existe de forma oficial. Numa pesquisa mais detalhada percebemos que o termo “IDEOLOGIA DE GÊNERO” sequer existe em algum documento oficial dos planos de educação.
Lembro que quando nos referimos a gênero, não falamos apenas de macho ou fêmea e sim de masculino e feminino. Já em relação a orientação sexual à inclinação se dá para algo afetivo e erótico.
O Programa Estadual de Educação – PEE de Alagoas está disponível ao acesso público no site:www.educacao.al.gov.br , contendo neste documento estadual um histórico das discussões travadas sobre o tema, inclusive mencionando as diretrizes da Conferência Nacional de Políticas Públicas e Direitos Humanos de LGBT de 2011 (páginas 63 e 64).
E no andar da carruagem continuo acreditando que a escola ensina, mas quem educa e transmite valores é a família.
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