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Clima tenso entre professores do Projovem Urbano de Penedo

Representantes do governo estadual estiveram em Penedo para investigar denúncias que envolvem professores que atuam no Projovem Urbano, programa de inclusão social que possibilita a conclusão do ensino formal, uma formação profissional (Turismo e Pesca em Penedo) e ainda distribui bolsa de R$ 100 para cada aluno.

O clima no Projovem local é tenso por conta da troca de acusações entre dois professores, desentendimentos que aconteceram fora do local de trabalho, mas durante uma atividade extra-classe, e também na unidade de ensino onde lecionam. Além disso, alunos também demonstraram insatisfação com os docentes, alguns revelando falta de respeito no tratamento entre professor/aluno e outros apontando irresponsabilidade por parte do educador na condução de seus trabalhos.

Vale salientar que também há depoimentos de alunos e professores favoráveis aos dois profissionais da Educação em conflito, relatos que o blogueiro ouviu na noite desta terça-feira, 10, na Escola Municipal Freitas Cavalcante, local das aulas teóricas do Projovem Urbano e onde os enviados pelo governo estadual tiveram reuniões com os protagonistas do desentendimento que pode ser tornar caso de polícia, conforme assegurou um dos personagens principais da situação constrangedora.

Além disso, professores cobram mais eficiência das coordenações municipal e estadual do programa criado pelo governo federal. Há relatos de casos desagradáveis que não teriam sido devidamente apurados e reincidência de problemas que aguardam a necessária solução.

Por essas e outras, o Projovem tem registrado evasão considerável, com cerca de 150 alunos frequentando as aulas, menos da metade dos 400 matriculados em Penedo, problema que se repete nas demais cidades alagoanas contempladas com o programa.

Outro dado lamentável é o desinteresse pelo curso, com dezenas de alunos passando a maior parte do tempo das aulas fora da sala, batendo papo em frente à escola. Pode ser porque do lado de dentro da unidade de ensino as aulas não tem começado no horário estabelecido, sinal da falta de controle das coordenações do Projovem.

Tudo isso veio à tona por conta de denúncias que repercutiram nas rádios de Penedo, tirando de foco os aspectos positivos do programa carente de divulgação oficial. Seria interessante que as coordenações apresentassem, publicamente, as decisões tomadas após a visita em Penedo, aproveitando ainda o ‘gancho’ para resgatar a importância do Projovem e fazê-lo funcionar de acordo com sua proposta de inclusão social, caminho inverso do atual rumo que o programa se encontra no município ribeirinho.