Estudos apontam para risco de câncer no uso deste dispositivo.
Nos últimos anos, o cigarro eletrônico conhecido como vape se tornou uma tendência para ajudar os fumantes a deixarem o cigarro para sempre. Embora muitas pessoas acreditem que seja essa uma alternativa mais segura ao tabagismo, os efeitos na saúde estão surgindo recentemente. Os malefícios da utilização do cigarro eletrônico voltaram ao debate, após a morte de 11 pessoas em decorrência de doenças pulmonares e bucais relacionadas ao uso deste aparelho nos Estados Unidos. Pesquisadores apresentaram um relatório de suas descobertas no 256º Encontro Nacional e Exposição da Sociedade Americana de Química em Boston, pesquisadores do Centro de Câncer Maçônico da Universidade de Minnesota em Minneapolis descreveram como os cigarros eletrônicos podem modificar o DNA das células orais e aumentar os riscos de câncer bucal.
O câncer de boca é o quinto tipo de tumor maligno mais comum entre os homens brasileiros, a estimativa de novos casos de câncer de boca segundo o Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (INCA), é de 14,7 mil sendo 11,2 mil homens e 3,5 mil mulheres. Estudos apontam uma grande incidência desse tipo de tumor em jovens com uso exagerado em dispositivos diversos para uso da nicotina e outras substâncias semelhantes ao fumo. O Odontólogo e especialista em Saúde Pública e Aperfeiçoamento em Dentística, Dr.Fábio Costa, descreve que a situação se torna preocupante, ao observar este cenário de uso exagerado do cigarro eletrônico por jovens e adultos, visto que esse tipo de câncer afeta os lábios e o interior da cavidade oral, estando diretamente relacionado ao uso deste dispositivo.
Diversos sinais de alerta podem sinalizar que algo está errado no funcionamento do corpo, neste quesito em específico, úlceras (feridas) na boca que sangram ou não cicatrizam de uma a duas semanas são lesões suspeitas, e grande parte das lesões que afetam os lábios e o interior da cavidade oral, tem característica de ficarem escondidas, portanto, tendem a ser diagnosticadas apenas em estados avançados. E quando o diagnóstico em estágio avançado ocorre, a chance de cura cai para menos de 50%, o ideal é suspender o quanto antes o uso deste dispositivo para prevenir com ênfase lesões iniciais de câncer bucal. No aparecimento de alguns desses sinais, procure um dentista.
Agradeço ao Dr. Fábio Costa pela colaboração nesta matéria.
Instagram: @dr.fabiocosta
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