Um dos assuntos mais presentes no seio familiar mensalmente tem como principal foco o pagamento das compras realizadas por meio de boletos destinados às empresas ou bancos que concederam um limite de crédito a cada cliente ou correntista.
A palavra Crédito vem do latim creditum, que significa “algo confiado” ou “coisa emprestada”, derivado do verbo credere, que quer dizer “acreditar” ou “confiar”. De acordo com a história, o termo se refere à confiança de que uma pessoa irá pagar no futuro por algo que recebeu no presente, por meio de compras e/ou serviços adquiridos.
O primeiro cartão de crédito foi criado em 1950, nos Estados Unidos, pela empresa Diners Club, quando um executivo esqueceu sua carteira durante um jantar e decidiu que precisava de uma forma alternativa de pagamento. Inicialmente, o cartão surgiu como uma ferramenta de conveniência, mas com o passar do tempo, tornou-se também uma fonte de endividamento.
Segundo a CNC (Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo), em maio de 2025, no Brasil, a proporção de famílias brasileiras endividadas atingiu a marca de 77,6%, ultrapassando o recorde de mais de 70 milhões de pessoas, o que representa 42% dos adultos do país, sendo o cartão de crédito o maior vilão nesse contexto.
Apesar de ser uma ferramenta útil, o cartão de crédito pode se tornar um problema quando utilizado sem planejamento. O pagamento mínimo da fatura, que ativa o crédito rotativo, possui juros muito altos, levando a um ciclo de dívidas difícil de romper. O parcelamento sem controle, sem considerar a capacidade de pagamento futura, também pode gerar um acúmulo de dívidas que se torna insustentável.
Por outro lado, o bom uso do cartão de crédito pode trazer benefícios, como facilidade de pagamento, controle financeiro através da fatura, possibilidade de parcelamento sem juros, acúmulo de pontos e milhas, que podem ser utilizados para a compra de passagens aéreas ou trocados por produtos em sites parceiros, além de descontos em programas de fidelidade. Alguns cartões também oferecem seguros em viagens, proteção de compras, assistência em emergências, entre outros benefícios.
O chamado “dinheiro de plástico” também possui características de ferramenta de alavancagem e crescimento financeiro, podendo ser utilizado, por exemplo, para a compra de produtos a serem revendidos por um valor maior, gerando lucro para o negócio e, consequentemente, renda para a família.
A origem do crédito como “confiança” reforça a ideia de que usar o cartão com responsabilidade é uma questão de educação financeira.
O propósito deste blog é levar conhecimento através da Educação Financeira e contribuir de forma positiva na vida daqueles que me acompanham semanalmente.
“Na casa do sábio há comida e azeite armazenados, mas o tolo devora tudo o que pode.” Provérbios 21:20