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Advogado, Jornalista e Professor. Pós-Graduação em Comunicação e Marketing Empresarial; e mestrados em Direito Eleitoral e Direito Administrativo

Brasil mantém 2º maior juro real do mundo após decisão do Banco Central

Ranking considera os dados de 40 países das Américas, Europa, Ásia, África e Oceania (Foto: Agência Brasil)

O Brasil segue com o 2º maior juro real do mundo, segundo levantamento da consultoria econômica MoneYou, divulgado nesta quarta-feira (30). A posição foi mantida após o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central manter a taxa Selic em 15% ao ano. O ranking considera os dados de 40 países das Américas, Europa, Ásia, África e Oceania.

Com 9,76% de juros reais — taxa de juros nominal descontada a inflação — o Brasil fica atrás apenas da Turquia, que lidera a lista com 10,08%. Em terceiro lugar está a Argentina, com 6,7%.

A posição brasileira entre os maiores juros reais do planeta evidencia a postura conservadora do Banco Central, que segue priorizando o combate à inflação, mesmo diante de pressões para a redução dos juros e estímulo ao crescimento econômico.

Ranking dos 10 maiores juros reais em julho:

  1. Turquia – 10,08%
  2. Brasil – 9,76%
  3. Argentina – 6,7%
  4. África do Sul – 5,29%
  5. Rússia – 4,86%
  6. México – 4,44%
  7. Colômbia – 4,38%
  8. Filipinas – 4,32%
  9. Indonésia – 3,7%
  10. Índia – 3,38%

Ranking dos 10 menores juros reais (negativos):

  1. Áustria – -1,4%
  2. Japão – -1,31%
  3. Canadá – -1,21%
  4. Holanda – -1,01%
  5. Grécia – -0,68%
  6. Portugal – -0,49%
  7. Espanha – -0,34%
  8. Alemanha – -0,18%
  9. Suíça – -0,15%
  10. Dinamarca – -0,13%

Esses países praticam juros reais negativos, o que, em geral, indica uma política monetária mais estimulativa, voltada para o incentivo ao crédito e à atividade econômica, mesmo com os riscos de inflação controlada.

O que são juros reais?

Os juros reais representam a diferença entre a taxa nominal de juros (como a Selic) e a inflação. Esse é o índice que realmente afeta a vida econômica de um país: mostra o custo efetivo do crédito e o retorno real sobre investimentos, ao descontar a perda do poder de compra.

Enquanto os juros nominais podem parecer altos ou baixos por si só, o valor real é que revela o impacto concreto na economia — seja sobre o consumo, os investimentos ou o fluxo de capital internacional.

 

Por: Roberto Lopes