Todas as homenagens e todos os elogios ao nadador brasileiro, vencedor dos 100m e dos 50m livres no último Mundial de Natação,se fazem necessários nesse momento. Nunca o esporte olímpico do Brasil ocupou tanto espaço na mídia internacional quanto agora durante o Mundial de Roma, quando Cielo venceu duas provas e, de quebra, bateu o recorde mundial dos 100m livres.Hoje, o talento do brasileiro é comparado ao de dois dos maiores nomes da nataçao mundial; o norte-americano Michael Phelps e o russo Alexander Popov.
Cesar entrou para a história como o melhor nadador brasileiro de todos os tempos, superando Gustavo Borges, Ricardo Prado, Djan Madruga , Xuxa e Maria Lenk ,que marcaram época também na natação nacional.A pergunta que se faz necessária é a seguinte: porque quase todos eles tiveram que realizar seus treinamentos fora do Brasil?
O Brasil, um país continental,que não tem condições de preparar seus atletas, um país sem políticas para o esporte amador, um país que não apoia seus atletas nas suas necessidade básicas, quando irá se tornar uma potência olímpica? Acho que não conseguirei ver isso se tornar realidade, quem sabe meus filhos consigam.
Fica deprimente, apesar da nossa evolução nos últimos tempos, vermos nosso país em competições internacionais,ficar atrás de Cuba, Jamaica, Etiópia,Quenia e até da Estônia, um pequeno país de aproximadamente 45.000 habitantes. Quando mudaremos esse quadro?
Entendo que enquanto os nossos governantes não derem o devido valor a prática do desporto desde a idade escolar até a fase do esporte de competição, nao conseguiremos maiores resultados que não sejam os esporádicos, conseguidos até aqui, por esses fenomenais atletas brasileiros que lutam contra tudo e contra todos, atrás dos seus objetivos.
Nomes como Joaquim Cruz,Torben Grael,João do Pulo,Aurélio Miguel, Rogério Sampaio,Maurren Maggi,Robert Scheidt,Gustavo Borges, Ricardo Prado, Hugo Oyama e Robson Caetano dentre outros, são raríssimas exceções, que deveriam servir de alerta e exemplos para que novos tempos aconteçam no frágil esporte olímpico brasileiro, caso contrário,ficaremos no aguardo das eventuais comemorações dos heróis olímpicos sazonais. Que pena!!!