O stress é um fator significativo em infartos na juventude.
A incidência de infarto na juventude tem se tornado uma preocupação crescente no Brasil e em outros países. Tradicionalmente, os ataques cardíacos eram mais comuns em pessoas mais velhas, com fatores de risco estabelecidos, como hipertensão, diabetes e histórico familiar. No entanto, observa-se um aumento nos casos de infarto entre os jovens, o que levanta questões sobre as possíveis causas dessa tendência alarmante. A chamada “Sociedade do Coração” é uma expressão que reflete o estilo de vida moderno, caracterizado pelo sedentarismo, alimentação inadequada, estresse crônico e hábitos pouco saudáveis. No contexto brasileiro, essa sociedade do coração se manifesta em diversos aspectos da vida cotidiana, contribuindo para o aumento dos casos de infarto na juventude.
Um dos fatores determinantes é a mudança nos padrões alimentares. A preferência por alimentos ultraprocessados, ricos em gorduras saturadas, açúcares refinados e sódio, tem sido uma realidade preocupante. O consumo frequente de fast food, refrigerantes, salgadinhos e doces contribui para o aumento do peso corporal, colesterol e pressão arterial, aumentando o risco de problemas cardiovasculares, incluindo o infarto. Além disso, o sedentarismo tem se tornado uma questão prevalente na juventude. O estilo de vida moderno favorece o tempo excessivo gasto em dispositivos eletrônicos, como smartphones e computadores, reduzindo o tempo dedicado a atividades físicas. A falta de exercício regular e a diminuição da atividade física contribuem para o desenvolvimento de doenças cardiovasculares, incluindo o infarto.
O estresse crônico é outro fator significativo na incidência de infarto na juventude. Pressões acadêmicas, profissionais e sociais podem levar ao aumento do estresse, que, por sua vez, desencadeia reações físicas e químicas no corpo que podem levar à disfunção cardiovascular. A exposição constante a altos níveis de estresse pode contribuir para o surgimento precoce de doenças cardíacas, incluindo o infarto. Além desses fatores, vale destacar a importância de fatores genéticos e histórico familiar na predisposição a problemas cardiovasculares. Em alguns casos, jovens podem herdar uma predisposição genética para desenvolver doenças cardíacas, aumentando seu risco de infarto. Essa herança genética, combinada com os fatores de estilo de vida mencionados anteriormente, pode resultar em consequências graves para a saúde cardiovascular.
Para enfrentar esse desafio crescente, é fundamental promover a conscientização sobre os fatores de risco e incentivar mudanças de estilo de vida saudáveis na juventude. É necessário investir em educação sobre alimentação equilibrada, incentivar a prática regular de exercícios físicos, promover estratégias de manejo do estresse e oferecer programas de prevenção de doenças cardiovasculares nas escolas, locais de trabalho e comunidades. A colaboração entre profissionais de saúde, governo e sociedade civil é fundamental para implementar políticas de saúde eficazes e programas de prevenção, direcionados especificamente para a juventude. É necessário enfatizar a importância de hábitos saudáveis desde a infância, criando uma base sólida para um estilo de vida cardiovascularmente saudável ao longo da vida. Em suma, a incidência de infarto na juventude é uma questão preocupante no Brasil, e a sociedade do coração desempenha um papel significativo nessa tendência. Mudanças nos padrões alimentares, sedentarismo, estresse crônico e fatores genéticos são alguns dos principais impulsionadores desse problema. No entanto, por meio da conscientização, educação e promoção de hábitos saudáveis, é possível reverter essa tendência e garantir uma vida mais saudável para as gerações futuras.