Com a definição, por parte dos clubes que vão disputar o Campeonato Alagoano de 2011, da fórmula de disputa dessa competição, venho dizer de público, que ficamos livres, para o bem do nosso futebol, de uma idéia retrógrada, arcaica e obsoleta, que algumas pessoas tentavam impor ao já combalido futebol do nosso Estado. Sim, todos esses adjetivos são mais do que merecedores, para essa idéia esdrúxula de termos jogos às terças-feiras e aos domingos pela manhã, por conta da realização de partidas nos Estaduais dos grandes centros do país.
Sou terminantemente contra essa mostra provinciana e de colônia, que daríamos ao resto do Brasil e digo o porque. Inicialmente, gostaria que os “pais dessa pseuda brilhante idéia”, expusessem, de público, qual foi o Estadual que obteve sucesso, ao seguir essa nefasta linha. Na verdade, eu desconheço tal feito, mas sei perfeitamente, os inúmeros campeonatos que chegaram à bancarrota. Sergipe, Piauí, Maranhão e Paraíba, são alguns tristes exemplos disso.
Coincidência ou não, justamente em alguns dos Estados mais pobres do nosso país, essa idéia ridícula prosperou e o que aconteceu? Os respectivos campeonatos cairam no ostracismo, perderam a identidade com o seu público tradicional e as novas gerações de torcedores se afastaram dos estádios locais, levando os clubes à uma situação de penúria financeira de dar dó.
O interessante nessa história toda é que os campeonatos da Bahia, de Pernambuco e do Ceará, desobedecendo essa linha de raciocínio, seguiram tendo uma excelente média de público, principalmente nos seus clássicos regionais. E olha que eles não estão nem aí para campeonatos carioca, paulista, mineiro ou gaúcho. Na verdade, o que eles tem é algo que nós precisamos priorizar, antes de perde-la definitivamente, que chama-se identidade própria.
Como exemplo do risco que corremos em relação à isso, eu cito que ao questionar qualquer jovem do nosso Estado, sobre qual clube o mesmo torce, ele responde de imediato: Vasco, Flamengo, São Paulo, Corinthians, Grêmio ou Cruzeiro, por exemplo. Na verdade, devemos trabalhar no sentido que esse mesmo desportista responda: CRB, ASA, CSA, Penedense, Murici, CSE e etc. Isso mostra raiz, personalidade e indentidade regional, algo que não podemos perder, nem deixar de lado.
Como sempre disse o meu dileto amigo Fernando Andrade: em Pernambuco eles priorizam muito a “PERNAMBUCANIDADE, elevando dessa maneira a auto-estima do seu povo. Aí eu pergunto: e porque não valorizarmos a nossa “ALAGOANIDADE”? Chega de mentalidade retrógrada e provinciana. Chega mesmo!!!!