No último sábado de carnaval, 10 de fevereiro, as ruas do bairro Santo Antônio, conhecido como Barro Vermelho, em Penedo, ganharam vida com o “Bloco Concentra, Mas Não Sai”, agremiação organizada por Ismeire Ferreira e que tem um histórico muito especial, além de ser familiar.
A concentração aconteceu na Rua 15 de Novembro, reunindo um público eclético e proporcionando um momento de descontração e alegria para todos. A animação do bloco ficou a cargo da orquestra comandada por Daniel Ferreira, que tirou todo mundo do chão ao som de tradicionais marchinhas carnavalescas.
O “Bloco Concentra, Mas Não Sai” não apenas se consolidou como uma alternativa inovadora aos desfiles tradicionais, mas também se tornou um símbolo de celebração cultural. Com a participação ativa da comunidade, o evento deixou sua marca, prometendo ser lembrado como um dos momentos mais memoráveis do carnaval em Penedo.
Mas, como tudo começou?
A história do surgimento do bloco é muito interessante. Ismeire Ferreira, conhecida carinhosamente como Meirinha, assim como toda sua família, sempre amou o carnaval. No entanto, há quase uma década, sua mãe idosa, Dona Maria, começou a sofrer sérios problemas de saúde, que acabaram comprometendo, entre outras coisas, sua visão.
Sem nem hesitar, Ismeire se empenhou em cuidar de sua genitora, sempre contando com o apoio de seus irmãos, irmãs e demais parentes. Isso fez com que ela deixasse de sair de casa para prestigiar eventos como os de carnaval. No entanto, a magia da festa mais popular do Brasil foi até ela, arrancando risos até mesmo de Dona Maria, que também amava o período carnavalesco.
Sem ter como ir atrás dos blocos já tradicionais, Meirinha comprava sua cervejinha e, da porta de sua casa, ao lado de sua mãe, prestigiava a folia passar. Mas não demorou muito para juntar gente. De repente, aquela folia que era só de mãe, filha e alguns parentes passou a atrair vizinhos e amigos de toda a região, terminando em uma grande festa.
E isso só foi aumentando! Mesmo com o falecimento de Dona Maria, Meirinha decidiu seguir com a tradição, batizando o bloco como “Concentra, Mas Não Sai”, pelo fato da festa acontecer justamente no mesmo local da concentração, com exceção desses últimos anos, em que, atendendo a pedidos, a agremiação chegou a seguir por um curto trajeto, levando alegria para quem, assim como a fundadora, no passado, não tinha como acompanhar a folia.
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