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Meio Ambiente

Biólogas realizam levantamento florístico na Caatinga e na Mata Atlântica

Trabalho tem como foco a composição do acervo e posterior recuperação de áreas

Uma equipe formada por biólogas do Herbário Mac do Instituto do Meio Ambiente (IMA) visitou, durante quatro dias seguidos, duas importantes áreas remanescentes de Caatinga e Mata Atlântica: o Refúgio da Vida Silvestre dos Morros do Craunã e do Padre, em Água Branca, e fragmentos de vegetação no município de Teotônio Vilela. As incursões servem para levantamento florístico, composição do acervo e posterior recuperação de áreas.


O trabalho de campo em fragmentos de Mata Atlântica na bacia do médio Coruripe é realizado há mais de um ano por biólogos do IMA e do projeto de Restauração do Rio Coruripe (Recor). Dessa vez, o levantamento de espécimes vegetais foi realizado nos dias 20 e 21 deste mês, no município de Teotônio Vilela.


As expedições têm a finalidade de coletar amostras de plantas que ocorrem naturalmente na região. Após o material ser registrado no acervo do Herbário MAC- que hoje conta com mais de 56 mil amostras catalogadas – ele auxilia a composição da lista de plantas sugeridas para o reflorestamento de áreas degradadas de matas ciliares do Rio Coruripe.


Segundo a bióloga do IMA, Raíssa Pinto, a próxima coleta de espécimes na região será feita nos dias 1 e 2 de setembro e, no final do mesmo mês, o Herbário enviará ao projeto Recor a lista final de espécies sugeridas, que hoje já conta com mais de 250 listadas.

Espécimes da caatinga – Entre 18 e 20 de julho, duas biólogas do Herbário MAC realizaram uma expedição no Refúgio da Vida Silvestre dos Morros do Craunã e do Padre, localizada em Água Branca, alto sertão alagoano. A visita teve o objetivo de dar continuidade ao levantamento da flora da região que, segundo a bióloga Jarina Alves, vem sendo realizado desde a criação da Unidade de Conservação, em janeiro de 2012, e pode levar mais alguns anos para ser concluído.


“Durante o processo de coleta de material na mata, procuramos amostras de espécies que contenham flor ou fruto, ou seja, que estejam férteis. Só assim é possível identificar e catalogar a espécie no acervo do Herbário MAC do IMA”, explica a bióloga. Ela contou ainda que o processo pode levar um bom tempo para ser concluído porque nem sempre é possível encontrar plantas de forma fértil na natureza.


Na última expedição foram encontradas mais amostras férteis de ervas, arbustos e trepadeiras, por estarem em um melhor momento de floração. No entanto, provavelmente a pouca incidência de chuvas na região foi o que dificultou encontrar árvores com flores ou frutos.