Em quatro dias a IV Bienal Internacional do Livro de Alagoas já atingiu um público de mais de 21.776 mil pessoas. Desse número, 1.188 eram alunos que vieram em grupos para participar. Ao todo foram vendidos R$ 235.247 mil reais e 8.113 títulos. Os preços de livros variam de R$ 1 a R$ 344. Além da programação oficial, 11 instituições estão com programações paralelas em seu estande.
Importância da Bienal foi ressaltada na solenidade de abertura
“A Bienal não é feita da Universidade para a Universidade. É o maior evento cultural do Estado de Alagoas”. As palavras da reitora da Universidade Federal de Alagoas, Ana Dayse Dorea, foram proferidas na solenidade de abertura da IV Bienal Internacional do Livro de Alagoas, nesta sexta-feira, 30 de outubro, no Centro de Convenções. Mais de 20 mil títulos serão comercializados e há uma estimativa de que mais de 120 mil pessoas visitem os estandes nos dez dias do evento.
Este ano, a Bienal do Livro conta com o professor José Marques de Melo como patrono. Durante a solenidade de abertura o professor recebeu uma placa de homenagem ao patrono, entregue pela reitora Ana Dayse e pela diretora da Edufal, Sheila Maluf. Em seguida, ele contou um pouco de sua trajetória como jornalista, professor e pesquisador de comunicação, de seus fortes laços com Alagoas e sua terra natal Santana do Ipanema.
“Sinto-me muito honrado em receber esta homenagem, por que percebo que a máxima de que nenhum profeta faz sucesso em sua terra está errada. Estou feliz por que este evento me permite o reencontro com meu chão nativo, com minhas tradições, família e amigos. Torço pelo sucesso da Bienal e para que ela consiga superar a imagem que estamos vendo de Alagoas hoje, para algo melhor”, concluiu.
A noite desta segunda-feira, 2 de novembro, conta com a presença ilustre de Domingos Meirelles, que a partir das 20h faz palestra no auditório do Centro de Convenções sobre “As fronteiras entre o Jornalismo, a História e a Literatura”, seguida de lançamento de livro. O jornalista e escritor fez um passeio na manhã desta segunda pelos corredores da Bienal, que para ele, não perde em organização para nenhuma outra. “Foi uma surpresa para mim ver esta organização, numa localização excelente, uma bienal que não fica devendo nada à bienal de São Paulo ou à feira do livro do Rio de Janeiro”, disse.
Sobre sua participação hoje à noite, Meirelles espera que o público compareça e participe. “Vou falar das fronteiras entre jornalismo e literatura, pois acredito que de certa forma o jornalismo é um gênero literário e as incursões que os jornalistas têm feito no campo da história e da literatura têm sido muito bem sucedidas, a exemplo de Fernando Moraes e Laurentino Gomes. Acredito que o jornalismo é capaz de dar uma contribuição diferenciada (à literatura) em função do seu olhar”, explicou.
Também nesse horário se apresenta na sala José Marques de Melo, o escritor francês Stéphany Audeguy, com palestra sobre “A Teoria das Nuvens: a construção de um romance”.