
Bellucci demonstrou irritabilidade na coletiva
No retorno ao Brasil para participar da etapa paulista da Copa Petrobras, torneio de nível challenger no qual defende o título, o paulista Thomaz Bellucci busca reencontrar sua melhor forma, uma vez que não conquista duas vitórias seguidas desde julho, em Hamburgo. Neste período, o número 1 do país disputou torneios apenas em quadras rápidas, sem obter bons resultados, além de ter participado do fracasso na Copa Davis, com a derrota frente aos indianos, que deixou o Brasil mais um ano longe do Grupo Mundial.
“Eu sei que como número 1 do Brasil a pressão será maior por resultados e tenho que saber lidar com isso”, complementou o 27º no ranking da ATP. Ele negou que o incidente na Índia tenha prejudicado sua sequência no circuito (derrota na estreia em Pequim e na segunda rodada em Xangai). “Foi uma semana importante para mim, por eu estar defendendo o meu país. Claro que (o incidente) não ajudou, mas também não dá para dizer que atrapalhou. O que aconteceu é apenas que eu não fui bem nos torneios”.
Bellucci aproveitou a entrevista também para fazer duras críticas aos técnicos brasileiros. Para ele, o país não conta com bons nomes além de que os ex-jogadores também não colaboram passando suas experiências adiante. “Temos pouca qualificação de técnicos, faltam pessoas competentes para alavancar as carreiras. A gente nunca teve tradição para ter técnico bom e isso acaba prejudicando a evolução dos jogadores”, pontuou.
Ao mesmo tempo, Bellucci não poupou alguns colegas de profissão, mesmo sem citar nomes. “Jogadores que já chegaram lá [no topo do ranking] não ajudam os outros, o que faz a nossa responsabilidade aumentar ainda mais”, afirmou Bellucci, que estava ao lado do tenista juvenil alagoano Tiago Fernandes.
O melhor brasileiro do mundo disse que nunca recebeu uma ligação de um ex-tenista para falar do jogo dele, mas já ouviu muitas críticas diretas e indiretas de brasileiros. Ele, no entanto, confirmou que também nunca ligou para outro tenista.