Integrantes do Batalhão de Proteção Ambiental (BPA) da Polícia Militar de Alagoas estão em Penedo visitando instalações do Sistema de Abastecimento de Água e Esgoto (SAAE) do município situado às margens do Rio São Francisco. Os militares participam do curso de fiscalização de usuários de recursos hídricos, ministrado por técnicos da Agência Nacional de Águas (ANA).
Entre oficiais e praças, quinze membros do BPA estão recebendo a capacitação que conta ainda com a presença de um representante do IMA – órgão ambiental do governo de Alagoas – e de um funcionário da Secretaria Estadual do Meio Ambiente e Recursos Hídricos. A secretária de Meio Ambiente de Piaçabuçu, Maria Geilma Feitoza, e o coordenador municipal do mesmo setor da prefeitura de Penedo, Maciel Oliveira, também fazem o curso que começou com uma visita a um projeto de irrigação desativado por conta do roubo de equipamentos.
A inspeção frustrada pelo uso de água do “Velho Chico” na Fazenda Santa Bárbara, propriedade assaltada há mais de três anos e que fica situada dentro do perímetro urbano de Penedo, foi seguida de uma visita à sede do SAAE na tarde desta quarta-feira, 22. Os alunos verificaram como é feito o tratamento da água distribuída à população do município ribeirinho, inclusive com deslocamento até o ponto de captação situado na Rocheira, cartão postal da cidade localizado entre o bairro Santo Antônio e o centro histórico.
De acordo com o chefe da seção de instrução e operação do BPA, capitão Marcelo Carnaúba, o curso vai capacitar os militares para atuar no acompanhamento das fiscalizações pelo uso dos recursos hídricos em Alagoas. “Como os recursos humanos da Agência Nacional de Águas é insuficiente para realizar esse trabalho, nós vamos acompanhar as fiscalizações e, em alguns casos, o BPA é quem vai verificar a captação e a situação da outorga pelo uso da água”, explicou o oficial.
Na manhã desta quinta-feira, 23, os alunos e instrutores devem visitar outro ponto de captação de água em Penedo, situado no povoado Ponta Mofina, e também as lagoas de decantação que deveriam atender ao sistema de tratamento de esgotos do município, obra inacabada que teve outras estruturas depredadas ao longo dos anos, situação que deixa a população sem o serviço básico que inclusive tem sua operação exigida para que novos investimentos sejam realizados