A primeira partida da Seleção Brasileira Adulta Masculina na preparação rumo às Olimpíadas de Londres (ING) foi marcante. Nesta terça-feira (26/06), no ginásio Milton Olaio Filho, em São Carlos (SP), os comandados de Rubén Magnano venceram a Nova Zelândia por 73 a 49 (33 a 16), na estreia no Torneio Eletrobras de Basquete. Foi também a primeira partida de Nenê em sua cidade-natal, que o ovacionou a cada toque na bola e foi brindada com uma grande atuação – nove pontos, cinco rebotes, quatro assistências e dois tocos.
Outro que atraiu olhares foi Larry Taylor, americano naturalizado brasileiro, que cantou o hino nacional antes do jogo e honrou a bandeira quando chamado a entrar em quadra para substituir Raulzinho. Foram quatro pontos, duas belas assistências e dois rebotes. Os cestinhas da partida foram os alas Marquinhos, com 14 pontos, e Marcelinho Machado, com 10. Pela Nova Zelândia, o maior pontuador foi Webster, com oito. Na preliminar, a Grécia venceu a Nigéria por 88 a 76. A próxima partida do Brasil é contra os nigerianos, nesta quarta-feira (27), às 21h30, com transmissão ao vivo do Sportv.
O JOGO
O estilo de jogo intenso do técnico Rubén Magnano foi a marca do jogo. Desde o início, a Seleção Brasileira marcou a Nova Zelândia pressionando-a ainda no campo de defesa, e conseguiu importantes recuperações de bola. O jovem Raulzinho, de 20 anos, começou como titular substituindo o poupado e recém-apresentado Marcelinho Huertas, e não sentiu o peso da camisa amarela – que voltou a vestir os jogadores depois de três anos. Com muito vigor físico, o armador do Lagun Aro, da Espanha, foi primordial para que a primeira vantagem no marcador se abrisse, de 19 a 9 no primeiro quarto.
“Dono da casa”, Nenê foi ovacionado pela torcida de São Carlos do primeiro ao último toque na bola. Uma rocha na defesa, impediu qualquer aproximação dos pivôs da Nova Zelândia, e seu domínio nos rebotes facilitou para que o ala Marquinhos pontuasse em diversos contra-ataques. A tônica se manteve com as entradas de Caio Torres e Marcelinho, que mesmo vindo do banco foi quem mais ficou em quadra, num total de 23 minutos. A rotação constante dos jogadores sem diminuir o ritmo fez o Brasil ir para o vestiário com 33 a 16 no placar.
O terceiro e o quarto períodos não foram tão fáceis para a Seleção Brasileira, que também não pode contar com Tiago Splitter – outro poupado por ter se recém-apresentado – e Leandrinho, que define as questões finais do seguro contratual, já que é free agente, sem contrato, na NBA. Mesmo assim, foram duas vitórias, por 21 a 16 e 19 a 17.
BRASIL: Raulzinho (8 pontos e 3 rebotes), Alex (5 pontos e 2 rebotes), Marquinhos (14 pontos e 3 rebotes), Guilherme Giovannoni (9 pontos e 3 rebotes) e Nenê (9 pontos, 5 rebotes, 4 assistências e 2 tocos). Depois: Marcelinho (10 pontos e 3 rebotes), Larry (4 pontos e 3 rebotes), Caio Torres (5 pontos e 3 rebotes), Vitor Benite (5 pontos e 2 rebotes), Anderson Varejão (2 pontos e 6 rebotes), Augusto (2) e Nezinho. Técnico: Rubén Magnano.
NOVA ZELÂNDIA: Tait (5), Bartlett (6), Kenny (2), Vukona, Webster (8), Allen (5), Trueman (2), Bloxham, Loe (2), Frank (7), Henry (6), Pledger (6). Técnico: Nenad Vucinic.