Jogadoras da Seleção estão se preparando para o Sul-Americano
A rotina da Seleção Brasileira Adulta Feminina desde a apresentação tem sido de muitos exames e testes. Na segunda-feira (10) e nesta terça-feira (11), as jogadoras realizaram exames médicos laboratoriais, testes de esforço e os testes físicos em quadra. A partir desta quarta-feira (12) começam os treinamentos com bola no ginásio de Esportes Milton Olaio Silva (Av. Getúlio Vargas, s/nº), em dois períodos: 9h30 às 12h e 17h às 19h30. Sob o comando do técnico Luiz Augusto Zanon, a equipe nacional está se preparando para o 33º Campeonato Sul-Americano, que será realizado em Mendoza, na Argentina, de 23 a 27 de julho.
“Começamos a avaliação pré-participação dessas atletas. Fizemos avaliação laboratorial com mais de 40 itens no exame de sangue e os exames fisiológicos também. Hoje, estamos aplicando ainda o teste de esforço pra avaliar a parte cardiológica e a possibilidade de alguma arritmia cardíaca, que possa ser agravada com o exercício físico. Se for identificado precocemente, conseguimos investigar pra tentar evitar que isso aconteça durante uma atividade de alta performance”, explicou o médico Rodrigo Araujo Goes. “E complementando as avaliações teremos os exames isocinéticos. Em convênio com a Universidade Federal de São Carlos, avaliaremos os grupamentos musculares do quadril, joelho e tornozelo, que é considerado um dos melhores exames na prevenção de lesões”, concluiu.
Já a fisioterapeuta Milena Perroni, explicou os testes realizados com as atletas na prevenção de lesões e saúde da mulher no esporte.
“Fizemos quatro testes com o objetivo de manter o trabalho preventivo, que é você ter um menor número de lesões para que elas também possam trabalhar as características que envolvem a mulher no esporte. Essas avaliações são feitas para analisarmos o movimento dinâmico durante o agachamento que é o 'step dow' e o 'drop jump' que nos mostram a imagem do agachar, que é o momento em que percebemos se elas estão com controle pélvico. Isso é importante para a qualidade do movimento e saúde da mulher no esporte. Os outros dois testes avaliam a força do abdômen. Um é o 'stabilizer', que é um aparelho de pressão que mensura a qualidade da contração abdominal e se está eficaz. O outro teste também é de equilíbrio sempre com o objetivo que elas tenham uma qualidade de movimento melhor. E quando em atuação com a preparação, esse conjunto possa acontecer de maneira tranquila” disse Milena.
Os preparadores físicos, Clóvis Roberto Rossi Haddad 'Vita' e Rafael Fachina, explicaram as ações dos testes e o trabalho a ser feito para que as atletas cheguem na melhor condição no campeonato.
“Na verdade, todas as avaliações estão entrelaçadas em forma de construirmos um trabalho atendendo todas as necessidades das atletas. As avaliações servem para identificarmos o ponto que se encontram neste momento e o caminho a ser percorrido até onde queremos chegar. E o que faremos efetivamente para que cheguem na melhor condição. Identificando isso, conseguimos trabalhar individualmente atleta por atleta dentro das necessidades de cada um”, comentou Vita.
“Aplicamos uma bateria de quatro períodos de testes para que as equipes cheguem em performance física adequada no momento competitivo certo. Então fazemos os testes de potência dos membros inferiores, que são os testes de salto, de velocidade e agilidade, para confrontar qual o déficit da atleta na movimentação de quadra para otimizar no processo de preparação física. E fazemos dois testes do processo metabólico, que é um teste intervalado onde vemos se as atletas estão com resistência anaeróbia e a condição atual. Já possuímos uma base desses números e avaliamos com o momento que estão. Elas serão reavaliadas daqui a umas quatro semanas. Nessa primeira etapa, as atletas precisam aprender a resistir fisicamente as exigências do jogo. Com a aproximação do campeonato, trabalharemos com mais ênfase, velocidade, agilidade, reatividade, que são as capacidades que definem a ação do jogo”, explicou Fachina.
O Campeonato Sul-Americano classificará as três primeiras colocadas para a Copa América no México, de 23 a 29 de setembro. Antes do embarque para a Argentina, o Brasil disputará seis jogos no Torneio Internacional da China contra as seleções do Canadá, Porto Rico e as anfitriãs.
Seleção Brasileira Adulta Feminina
Nome – Posição – Idade – Altura – Clube – Naturalidade
Ariani Sousa Silva – armadora – 23 anos – 1,70m – Ourinhos Basquete (SP)- SP
Carina dos Santos Martins – ala – 21 anos – 1,77m – São José/ Shopping Colinas (SP) – SP
Clarissa Cristina dos Santos – pivô – 25 anos – 1,84m – ADCF Unimed Americana (SP) – RJ
Damiris Dantas do Amaral – pivô – 20 anos – 1,90m – ADCF Unimed Americana (SP) – SP
Débora Fernandes da Costa – armadora – 21 anos – 1,64m – ADCF Unimed Americana (SP) – SP
Fabiana Caetano de Souza – pivô – 22 anos – 1,92m – São José/ Shopping Colinas (SP) – SP
Fernanda da Costa Bibiano – pivô – 27 anos – 1,90m – Ourinhos Basquete (SP) – SP
Franciele Aparecida do Nascimento – pivô – 25 anos – 1,88m – Sport Club Recife (PE) – PR
Izabela Morais de Andrade – ala – 26 anos – 1,81m – Sport Club Recife (PE) – SP
Jaqueline de Paula Silvestre – ala – 27 anos – 1,77m – Santo André/Semasa (SP) – SP
Joice dos Santos Coelho – ala – 20 anos – 1,81m – Ourinhos Basquete (SP) – RJ
Leila Zabani – ala – 22 anos – 1,81m – ADCF Unimed Americana (SP) – SP
Patrícia Teixeira Ribeiro – ala – 22 anos – 1,72m – Ourinhos Basquete (SP) – SP
Tainá Mayara da Paixão – armadora – 21 anos – 1,71m – Ourinhos Basquete (SP) – SP
Tatiane Pacheco Nascimento – ala – 22 anos – 1,80m – Sport Club Recife (PE) – SP
Média de idade: 22,9 anos
Média de altura: 1,80m
