Consultores do Banco Mundial discutiram sobre inclusão produtiva
A promoção da inclusão produtiva foi o tema principal de mais uma reunião entre os consultores da comitiva do Banco Mundial (Bird) que estão em Alagoas e representantes do Governo do Estado. O encontro aconteceu nesta quarta-feira (18), na sede da Secretaria de Estado do Planejamento e do Desenvolvimento Econômico (Seplande), em Jaraguá.
A reunião faz parte do cronograma das ações que a missão do Bird realizará até o próximo dia 25 de janeiro em Alagoas. A vinda dos consultores do Banco Mundial tem por finalidade definir as diretrizes para o Projeto de Redução da Pobreza e Inclusão Produtiva (Prepi) para nortear as ações financiadas com o empréstimo na ordem de US$ 200 milhões que o Estado negocia com a instituição.
Com técnicos das secretarias de Estado do Planejamento e Desenvolvimento Econômico; Trabalho, Emprego e Qualificação Profissional; Mulher, Cidadania e Direitos Humanos e da Agricultura e Desenvolvimento Agrário, os consultores do Bird conhecerem detalhadamente os projetos estruturantes do Programa Alagoas Tem Pressa voltados para a inclusão produtiva, desconcentração de investimentos e fortalecimento de micro e pequenos negócios.
O fomento às atividades do pequeno produtor rural foi o primeiro assunto debatido na reunião. A superintendente de Fortalecimento da Agricultura Familiar da Seagri, Inês Pacheco, acredita que a garantia de serviços de assistência técnica e extensão rural seja um dos principais eixos que o governo de Alagoas deve apostar para garantir a inclusão produtiva das famílias que vivem na zona rural.
“É importante contarmos com o suporte de profissionais especializados para a capacitação e aprimoramento das técnicas desses agricultores. Obtivemos resultados muito positivos nos últimos anos, fazendo com que esse trabalho sirva também como um aporte aos Arranjos Produtivos Locais (APLs) voltados para o agronegócio”, destacou.
Em seguida, técnicos da superintendência de Desenvolvimento Regional e Setorial da Seplande apresentaram o planejamento elaborado para a execução do projeto estruturante de desconcentração dos investimentos em Alagoas.
“A proposta dar continuidade à promoção do desenvolvimento setorial nas regiões economicamente deprimidas e com baixos índices de desenvolvimento, como forma de fomentar a economia alagoana. Exemplos disso foram o Plano de Desenvolvimento Estratégico da sub-região de Xingó e do Litoral Norte”, sintetizou a assessora especial da Seplande, Alyne Vieira.
O fortalecimento dos micro e pequenos negócios e a promoção do empreendedorismo também entrou em debate. Um dos pontos principais para a consolidação desses objetivos é o Programa de Arranjos Produtivos Locais (PAPL), coordenado pela Seplande, Sebrae, Desenvolve e, a partir deste ano, com uma maior participação das demais secretarias. O aprimoramento das ações, melhoria de serviços e a inovação tecnológica foram alguns dos tópicos definidos como prioridade para que os resultados traçados no Prepi – que tem duração de quatro anos – sejam atingidos
Já a superintendente de emprego e Relações com o Trabalho da Secretaria de Estado do Trabalho, Emprego e Qualificação Profissional (Seteq), Silvana Figueiredo, colocou em evidência a necessidade de serem investidos recursos para a promoção de capacitações profissionais para os alagoanos. Em 2011, através do programa Qualifica Alagoas, mais de 800 pessoas foram capacitadas para trabalhar em diversos segmentos que apresentam déficit de profissionais.
“A qualificação precisa ser enxergada como um dos focos para a garantia dessa inclusão produtiva. É necessário que o volume, prioridades e as áreas de atuações dos profissionais sejam identificadas. Dessa forma, com o aporte de recursos acontece de forma mais precisa, trazendo celeridade e melhores resultados ao processo”, explicou o consultor Gastón Blanco, que coordena o projeto do Banco Mundial para Alagoas.
Para a co-gerente do Bird e especialista em Inclusão Produtiva do Desenvolvimento Rural, Fátima Amazonas, é necessário que o Governo pense de forma integrada para que a execução das ações seja eficaz, já que ocorre uma interconexão de objetivos entre as áreas em prol de um projeto de âmbito estadual que reflete diretamente na sociedade.
Durante a reunião, que se estendeu até o fim da tarde, os técnicos também destacaram a importância de um planejamento, monitoramento e mobilização dos gestores para um trabalho conjunto de aperfeiçoamento das cadeias produtivas.
