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Negócios/Economia

Balança comercial brasileira tem superávit de US$ 754 milhões em fevereiro

A corrente de comércio cresceu 20,1%, atingindo US$ 48,22 bilhões

A balança comercial brasileira registrou superávit de US$ 540 milhões no acumulado do ano, até a primeira semana de fevereiro, resultado de US$ 24,38 bilhões em exportações e US$ 23,84 bilhões em importações. A corrente de comércio, que é a soma das exportações e importações, atingiu US$ 48,22 bilhões, com alta de 20,1% pela média diária na comparação com o ano passado.

Os dados foram divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior do Ministério da Economia. A soma de US$ 24,38 bilhões em exportações representa um aumento de 18,3%, em relação ao mesmo período de 2021, enquanto os US$ 23,84 bilhões em importações representam um aumento de 22%.

No mês de fevereiro, o superávit da balança comercial foi de US$ 754 milhões, uma alta de 84,9% em relação a 2021. As exportações cresceram 30,3% e somaram US$ 4,74 bilhões, enquanto as importações subiram 23,4% e totalizaram US$ 3,99 bilhões. Já a corrente de comércio subiu 27,1%, atingindo US$ 8,73 bilhões.

Destaques das exportações em fevereiro
O crescimento de 30,3% nas exportações em fevereiro foi garantido pelo aumento de 30,4% nas vendas da indústria extrativista, de 34,6% da indústria de transformação e de 13,9% da agropecuária.

Entre os destaques na indústria extrativista estão: as vendas de óleos brutos de petróleo ou de minerais betuminosos, crus (+98,5%); minérios de cobre e seus concentrados (+392,2%) e pedra, areia e cascalho (+492,9%).

Na indústria de transformação, o crescimento foi puxado pelas vendas de produtos como laminados planos de ferro ou aço não ligado, não folheados ou chapeados, ou revestidos (+915%); óleos combustíveis de petróleo ou de minerais betuminosos, exceto óleos brutos (+225,9%); e carne bovina fresca, refrigerada ou congelada (+109,9%).

Os produtos agropecuários que tiveram papel importante na alta das exportações foram o trigo e centeio, não moídos (+663,5%), café não torrado (+87,1%) e algodão em bruto (+8,2%).

Apesar do crescimento nas exportações, há produtos que tiveram queda nas vendas em fevereiro como milho não moído, exceto milho doce, (-31,6%); produtos hortícolas, frescos ou refrigerados (-59,5%) e soja ( -20,5%) na agropecuária; minérios de alumínio e seus concentrados (-95,2%) na indústria extrativa; e aeronaves e outros equipamentos, incluindo suas partes (-82,3%) na indústria de transformação.

Destaques das importações em fevereiro
Nas importações, aumentaram principalmente as compras da indústria de transformação (+21,4%) e de produtos da indústria extrativista (+151,2%). A agropecuária teve queda de 41,2%.

A ampliação das compras na indústria extrativa foi principalmente de produtos como óleos brutos de petróleo ou de minerais betuminosos, crus (+294,0%) e gás natural, liquefeito ou não (+273%). Na indústria de transformação foi de adubos ou fertilizantes químicos (exceto fertilizantes brutos) (+132,9%) e válvulas e tubos termiônicos, de cátodo frio ou foto-cátodo, diodos, transistores (+84,2%).

As importações registraram redução no milho não moído, exceto milho doce, (-92%) e cacau em bruto ou torrado (-99,9%) na agropecuária; fertilizantes brutos, exceto adubos, (-74,2%), na indústria extrativa; prata, platina e outros metais do grupo da platina (-90,2%), na indústria de transformação.

Balança comercial
A Balança Comercial é o conjunto de dados do comércio exterior do Brasil que são divulgados mensalmente pelo Governo Federal. Os números indicam a diferença entre as exportações e importações, seja do mês ou do ano.

Em 2021, a balança comercial brasileira fechou o ano com superávit de US$ 61 bilhões. Isso significa que o país vendeu mais ao exterior do que comprou, ou seja, recebeu mais dinheiro enviando seus produtos do que gastou comprando mercadorias de outros países.

Quando o inverso acontece, a compra de produtos de fora supera o que o país vendeu no mercado externo, ocorre o déficit. Quando esses casos acontecem, o país acaba criando uma dívida, já que teve que enviar mais dólares ao exterior do que recebeu.

O equilíbrio ocorre quando os valores de importação e exportação são equivalentes, deixando o saldo do país estável.