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Brasil/Mundo

B3 toca campainha no pregão pelo empoderamento econômico das mulheres

A B3 promoveu hoje (8), Dia Internacional da Mulher, o toque de campainha pela igualdade de gênero. A iniciativa ocorre simultaneamente em 89 outras bolsas de valores ao redor do mundo, e tem o apoio da Organização das Nações Unidas Mulheres (ONU Mulheres). O objetivo do evento, realizado pelo quinto ano no Brasil, é chamar a atenção para equidade de gênero no mercado financeiro e no setor empresarial.

Ana Carolina Querino, representante da ONU Mulheres no Brasil, lembrou que o país ocupa o terceiro lugar no mundo em número de empresas signatárias dos princípios de igualdade de gênero da entidade. O projeto teve início em 2010 e obteve adesão de cerca de 200 empresas brasileiras, sendo que a meta é chegar a 600. No mercado financeiro, o número de mulheres investidoras brasileiras praticamente dobrou nos últimos dez anos.

Apesar dessa melhora, os indicadores nacionais e mundiais ainda apontam grande desigualdade entre os gêneros. Apenas 5% de CEOs (diretor executivo) das principais empresas mundiais são mulheres; 15% dos conselhos de administração dessas empresas têm mulheres e 4% do setor privado conta com mulheres na presidência. Um relatório do Fórum Econômico Mundial aponta que os países precisam de, no mínimo, 200 anos para o fim da igualdade de gênero.

“Grandes mudanças são feitas a partir do engajamento de todos. Essas ações [em prol do empoderamento feminino] representam o limiar de um futuro em que todas as mulheres sejam tratadas com igualdade, sejam elas negras, indígenas, com deficiência”, disse Ana Carolina.

No Brasil, estudos mostram que 10% dos cargos na diretoria executiva das empresas são ocupados por mulheres, índice inferior à média mundial, que é de 16%. A representante da ONU Mulheres destaca que aquelas organizações que dão espaço para o trabalho feminino em seus conselhos administrativos, por sua vez, têm retorno financeiro 3,7% maior por ano.