O autismo é um dos distúrbios que mais repercutiu nos últimos anos. Isso se deve ao fato de que cada vez mais organizações se dedicam a estudar e pesquisar essa condição, assim, mais atenção está sendo dada no diagnóstico do autismo e nas suas variações. É importante ressaltar e esclarecer os meios pelos quais os pais podem identificar que seu filho tenha autismo e quais os passos a seguir para obter o diagnóstico correto por um profissional.
O que é autismo?
Embora o termo autismo seja o mais amplamente utilizado, a maneira correta de se referir a esse transtorno é “transtorno do espectro do autismo” (TEA) e não abrange apenas um tipo de transtorno. Na verdade, os TEAs podem aparecer em um em cada 59 indivíduos e podem ser identificados a partir dos 18 meses de vida.
Esse transtorno se caracteriza por dificultar o desenvolvimento mental que ocorre na infância, principalmente nos primeiros 3 primeiros anos de vida. O autismo também pode gerar atrasos na fala ou afetar a maneira como as crianças se relacionam com os outros. No entanto, um ponto a ser lembrado é que esse distúrbio afeta cada criança de maneira diferente. Existem alguns que, com a ajuda de especialistas, podem levar uma vida independente, enquanto outros precisarão de ajuda para realizar tarefas simples.
A solução está em ficar de olho nos sinais descritos a seguir e consultar um profissional para que se obtenha o correto diagnóstico da criança.
Como identificar autismo em crianças?
Crianças com transtorno do espectro do autismo podem apresentar uma ou mais das seguintes características:
● Não fala palavras completas aos 16 meses de idade.
● Não reconhece quando chamado pelo nome, mas responde a outros sons.
● Dificuldade em ter conversas.
● Não apresenta expressões faciais.
● Dificuldade em fazer contato visual.
● Não gosta de mudanças.
● Não gosta de barulhos.
● Balança a cabeça constantemente.
● Mantém as mãos fechadas ou agitá-las constantemente.
● Dificuldade de socializar e fazer amigos.
● Memoriza facilmente números, músicas ou dados sobre um tópico de seu
interesse.
● Faz movimentos repetitivos como abrir e fechar portas.
A coisa mais importante que os pais podem fazer por seus filhos autistas é aprender a se comunicar com eles. Também é vital que eles tenham certeza de que ter um filho autista não é a mesma coisa que ter um filho doente. Esse transtorno pode ser tratado desde que os pais sejam aconselhados por um especialista para melhorar o fluxo de comunicação com a criança.
Como o autismo é diagnosticado?
Há diversas maneiras de diagnosticar autismo. O diagnóstico é basicamente clínico, com testes de personalidade e presença de características únicas do autismo nas observações diretas ao paciente. Até o momento, não há marcadores biológicos para o
autismo, porém muitos estudos estão sendo feitos no mundo todo para encontrar relações que sejam além dos testes clínicos. O mais recomendado é consultar um psicólogo, psiquiatra, ou neurologista com experiência em crianças com autismo. Se a criança tiver menos de 2 anos de idade, será realizada uma série de testes que ajudarão o especialista a complementar as informações fornecidas pelos pais. Serão observados traços como a comunicação da criança, sua forma de se socializar e também quantas atividades ela pode realizar sem ajuda.
A partir disso, o profissional determinará se será necessário fazer terapia ou se será necessário o uso de medicamentos.
Artigo publicado com garantias médicas, em colaboração com grupo científico do doctoranytime.
Referências:
AMA – Associação de Amigos do Autista. (2018, March 13). Diagnóstico. AMA.
Lord, C., Elsabbagh, M., Baird, G., & Veenstra-Vanderweele, J. (2018). Autism spectrum disorder. The Lancet, 392(10146), 508-520.
Padron, C. (2020, January 31). Qual especialista diagnostica o autismo? Autismo e Realidade.
