A Câmara Municipal de Maceió debateu na sessão desta terça-feira (11/06) o aumento do valor da passagem de ônibus em Maceió. O reajuste é proposto pela Associação dos Transportadores de Passageiros do Estado de Alagoas (Transpal), que afirmou que o valor cobrado estaria defasado e pediu o aumento da tarifa em uma ação contra a Prefeitura. A nova tarifa de R$ 2,85 pode ser anunciada ainda essa semana. O tema foi levantado pelo vereador Marcelo Gouveia (PRB) que usou a tribuna para criticar a mudança de preço, considerada por ele, como abusiva. Os vereadores Wilson Júnior (PDT), Heloisa Helena (PSOL) e Silvânio Barbosa (PSB) também reclamaram do reajuste.
Para Gouveia, o valor atual da passagem – que é de R$ 2,30 – já é muito alto para o maceioense que utiliza um serviço de má qualidade. “Sou totalmente contra o reajuste, vou lutar contra esse aumento. É preciso olhar mais pelo povo de Maceió”, pontuou. Ele afirmou que o aumento acontece há menos de um ano do último reajuste. O vereador também pediu apoio da Câmara contra o reajuste, e destacou que é necessário manter um posicionamento firme contra a medida da Transpal. “É roubo, é assalto, esta Casa não pode se calar. Esta Casa não pode aceitar este aumento, precisamos nos posicionar contra. Precisamos dizer a Transpal, não ao aumento de passagem”, frisou Gouveia.
Wilson Júnior disse acreditar que aumento da passagem será aprovado, indo de encontro ao desejo popular. “É inadmissível, que o trabalhador tenha que pagar caro por um transporte público ineficiente. Tem trabalhador que precisa sair com mais de 2 horas de antecedência de casa, para poder chegar ao trabalho na hora”, desabafou. Wilson Júnior cobrou a licitação dos ônibus, parada na Justiça e que estaria prejudicando o futuro do transporte de passageiros na cidade.
O vereador Silvânio Barbosa chamou atenção para a péssima qualidade do serviço oferecido em Maceió e lembrou o trabalho que vem sendo feito pela Comissão de Transportes – que há duas semanas fez o trajeto entre o Centro e o Benedito Bentes dentro de um ônibus na hora do rush. Foram duas horas e meia de uma dura experiência em uma das linhas com maior número de passageiros na cidade.
Heloisa Helena disse que só aceitaria o aumento se o serviço prestado fosse de excelência, o que não está nem de perto de acontecer. Ela questionou o alto lucro dos empresários do transporte e disse que não concorda com nenhuma proposta de redução da carga tributária do setor, pois os recursos dos impostos servem para ser investidos na tentativa de melhoria do trânsito.
