O governador Teotônio Vilela, o secretário de Defesa Social Paulo Rubim e o chefe da Polícia Civil, delegado Marcílio Barenco, reúnem-se na próxima terça-feira, 05, para discutir a reforma da delegacia regional de Penedo. Com obras suspensas, o distrito policial alcançou a vergonhosa posição de recordista em fugas em 2009 entre as demais delegacias alagoanas.
De acordo com o secretário Paulo Rubim, o motivo da suspensão do serviço é conseqüência da demora na aprovação do orçamento para 2010, atraso ocorrido na Assembléia Legislativa de Alagoas. A justificativa foi apresentada ao microfone da Rádio Penedo FM (97.3 Mhz) na última sexta-feira, quando Rubim esteve em Penedo para prestigiar a entrega do Espaço Cidadão, repartição pública que reúne os serviços da Junta Militar, do Sine (Sistema Nacional de Emprego) e ainda o posto de identificação (órgão responsável pela emissão da carteira de identidade).
A reunião com o governador Teotônio Vilela e o delegado Marcílio Barenco foi anunciada quando o repórter Luiz Carlos questionou Paulo Rubim sobre a situação da delegacia de Penedo. Após falar a respeito do investimento da gestão tucana no sistema informatizado de emissão da carteira de identidade e da entrega de uma picape e uma lancha (veículos reformados em parceira entre governo estadual e indústrias de açúcar e de álcool da região), Rubim mostrou-se confiante quanto à retomada da obra.
“Não vai haver problema”, diz Rubim
“Não vai haver problema com relação às reformas da delegacia”, assegurou o secretário, amparado na liberação de empréstimo pelo Banco Mundial, conforme declarou durante a entrevista. A reforma na delegacia de Penedo começou no início deste ano no imóvel vizinho ao distrito policial, estrutura erguida há mais de 20 anos para abrigar um IML (Instituto Médico Legal). O órgão que nunca chegou a funcionar de acordo com os padrões exigidos está sendo transformado em garagem para carros apreendidos pela polícia, veículos à disposição da justiça.
Paulo Rubim falou ainda sobre a modernização da comunicação pelo número de emergência, o 190. Da “porcaria” que encontrou, como classificou o sistema quando assumiu a pasta, conseguiu chegar ao nível do “mais ou menos”. De imediato, ele disse que pediu emprestado rádios e antenas da Polícia Federal, corporação da qual é delegado aposentado. O arranjo foi seguido de investimentos.
“Nós conseguimos a melhor tecnologia digital do 190, já comprada e instalada, mas faltava pessoal”, carência resolvida com a contratação de jovens que trabalham supervisionados por policiais. Contudo, o pedido de socorro do cidadão ainda esbarra na falta quebradeira estatal. Viaturas e setores das polícias são equipados com ferramentas analógicas, incompatíveis com a novidade digital. Para superar essa situação arcaica, são necessários investimentos orçados em R$ 10 milhões, segundo Paulo Rubim.