Por maioria de votos, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) acatou o parecer do relator, ministro Fernando Gonçalves, e determinou a revogação da prisão do ex-governador do Distrito Federal (DF) José Roberto Arruda. Segundo o ministro, “não há mais razão para a prisão preventiva”.
A Corte votou contra parecer do Ministério Público Federal (MPF), que defendia a permanência de Arruda na prisão. Gonçalves disse que o relatório com os depoimentos tomados pela Polícia Federal (PF) chegou às suas mãos e, como esta seria sua última sessão, ele preferiu levá-los nesta segunda (12) à deliberação da Corte.
O julgamento começou às 15h10. O Ministério Público Federal deu parecer contra a soltura de Arruda, alegando que ainda aguardava o fim das investigações sobre o suposto envolvimento do ex-governador em um esquema de corrupção no Distrito Federal para dar novo parecer.
Arruda ficou preso por dois meses na sede da Superintendência da Polícia Federal por suspeita de tentativa de suborno de uma testemunha da Operação Caixa de Pandora, que desbaratou um esquema de arrecadação e distribuição de propina envolvendo empresários e integrantes do alto escalão do governo do Distrito Federal.
Saída da prisão
O ex-governador do Distrito Federal José Roberto Arruda deixou agora há pouco, às 17h20, a Superintendência da Polícia Federal (PF), onde estava preso há dois meses.
Ele saiu numa Hylux prata, mas não foi possível identificar o motorista. Sua mulher, Flávia Arruda, também foi à PF, num Fox vermelho e seu advogado Nelio Machado, num Mercedes prata. Eles seguiram em comboio para a casa do ex-governador no Setor de Mansões Park Way.
Na saída do ex-governador da prisão, havia vários manifestantes pró-Arruda em frente à Superintendência da PF e alunos da Universidade de Brasília (UnB), integrantes do Movimento Fora Arruda. Os apoiadores de Arruda comemoram sua saída cantando.