Superintende do Iphan Alagoas concedeu entrevista à Rádio Penedo FM (97,3 Mhz)
O superintendente do Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional) em Alagoas, o arquiteto Mário Aloísio Barreto Melo veio a Penedo para participar de audiência pública sobre o embargo da obra de revitalização da orla da cidade. Antes do evento, Mário Aloísio concedeu entrevista à Rádio Penedo FM (97,3 Mhz) e disse que a “prefeitura de Penedo não fez o dever de casa”, tanto no que se refere aos bares e restaurantes atingidos pela medida como a falta de projetos para investimentos disponibilizados com recursos do PAC para quatro cidades históricas de Alagoas.
De acordo com o superintendente do Iphan/AL, a remoção dos equipamentos urbanos se arrasta desde a primeira gestão do então prefeito Alexandre Toledo (1997-2000). A proposta negociada seria a remoção dos bares e restaurantes da orla para o supermercado Ki-Barato, projeto que poderia ser concretizado agora e que chegou a ter recursos captados junto ao governo federal. Com a recente renovação do contrato do supermercado com o governo do estado (proprietário do galpão), fato que causou surpresa à superintendência do Iphan, a sugestão está descartada.
Ressaltando que a instalação dos bares e restaurantes é provisória, conforme consta em documentos e pareceres anteriores, o arquiteto Mário Aloísio afirmou que o Iphan não quer que a cidade pare. “Foi difícil tomar essa decisão, eu conversei com o departamento administrativo, telefonei para Brasília, a obra tem autorização para ser continuada, a empresa não tem nada a ver com essa discussão, mas o que não pode é a gente não assumir o compromisso com a minha função e zelar pelo patrimônio de Penedo”, justificou Mário Aloísio.
Inoperância se arrasta desde 1997
A inoperância destacada pelo arquiteto ao longo das três últimas gestões, de 1997 a 2010, volta se repetir. Segundo o superintendente estadual do órgão, Penedo é a única cidade entre as quatro selecionadas em Alagoas a receber recurso do PAC a respeito da recuperação de prédios históricos. Para se habilitar aos investimentos que totalizam R$ 180 milhões, a prefeitura deveria ter realizado audiências públicas, discussão com a sociedade para definir os projetos a serem encaminhados. Por não ter cumprido as etapas exigidas pelo Iphan, Penedo corre o risco de perder os recursos.
A cobertura da audiência pública que acontece nesta quarta, 01, será publicada logo mais.
