Depois de ser denunciada por contratar veículos locados a uma empresa fantasma, a prefeitura de Porto Real do Colégio volta a ser alvo de novas denúncias. Desta vez o ex-coordenador de tributos da secretaria de finanças, Adriano Batinga de Almeida (Lobão), acusa a prefeita Rita Bonfim (PTB) de promover descontos nos contracheques dos funcionários relativos à contribuição para o Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS), mas não faz o repasse devido, ato considerado pelo ex-coordenador como improbidade administrativa que merece a atenção da justiça para a merecida punição.
O ex-coordenador de tributos que trabalhou cerca de um ano e quatro meses na administração municipal de Porto Real do Colégio acusa a prefeita Rita Bonfim de promover o recolhimento dos recursos que seriam destinados à contribuição trabalhista de vários funcionários do município, comissionados ou efetivos, afirmando que desde o ano de 2010, mesmo os recursos sendo recolhidos dos vencimentos dos trabalhadores, não eram repassados ao INSS.
“Atualmente o povo de Porto Real do Colégio vive uma fase de medo com tantas denúncias que pairam sobre a prefeita Rita Bonfim. Primeiro foi um pedreiro efetivo da prefeitura que começou a executar serviços particulares na casa dela. Depois a contratação de vários veículos a uma empresa fantasma que de acordo com a justiça não existe em Canindé do São Francisco, em Sergipe, como havia sido informado pela prefeitura. Agora aparece essa apropriação indébita, comprovando mais um crime da chefe do executivo municipal”, desabafou Lobão.
Armação
Em entrevista à Rádio Penedo FM (97,3 Mhz e www.penedofm.com.br), o ex-coordenador de tributos afirmou que quando estava trabalhando na prefeitura aconteceu um assalto que na sua opinião não passou de uma armação, pois todos os indícios levam a crer que o roubo não passou de uma simulação onde ele pôde acompanhar de perto todas as etapas, inclusive a contratação de um fotógrafo de uma cidade sergipana para registrar a cena do crime, deixando fora do caso no primeiro momento as autoridades policiais competentes que tem o verdadeiro respaldo para realizar a investigação.
Medicamentos superfaturados
Ainda de acordo com Lobão, a compra de medicamentos na prefeitura de Porto Real do Colégio é algo vergonhoso e totalmente criminoso. Ele afirmou que remédios que tem um custo de R$ 0,50 (cinquenta centavos) chegavam com o preço de R$ 4,00 (quatro reais) na nota fiscal de compra. “Com esse exemplo podemos ter a noção do quanto era lucrado de forma ilícita pela prefeita Rita Bonfim e sua equipe que promove as compras do município”, afirmou o ex-coordenador de tributos.
Falta de Licitação
O ex-corrdenador de tributos declarou que o processo de licitação obrigatório que deveria ser realizado para a compra de material e bens destinados ao serviço público não é feito dentro do tramite legal pois não há publicação em nenhum veículo de comunicação dando publicidade ao ato administrativo. Ele afirmou também que prova mais recente foi a compra de um veículo Fiat Uno de placa NMG 2680-AL, adquirido sem licitação numa revenda de veículos localizada em Penedo.
“Para esta compra que teve o gasto do dinheiro público em cerca de R$ 25.500 (Vinte e cinco mil e quinhentos reais), nós apresentamos a denúncia à justiça que já verificou a existência das provas, devendo tomar as devidas providências em relação ao caso nos próximos meses”, finalizou Lobão.