O governo investe em campanha na mídia, faz palestras em escolas, promove mutirões de limpeza, mobilizações com a comunidade, mas a falta de cuidados com a conservação da água em reservatórios dentro no ambiente doméstico ainda é o principal foco de proliferação do mosquito Aedes Aegypti nos bairros com maior índice de infestação em Penedo.
A repetição da prática gera um círculo vicioso, segundo a veterinária e coordenadora do setor de endemias da Secretaria Municipal de Saúde, Áurea Marinho. Ela conversou com o repórter Luiz Carlos Oliveira sobre o assunto durante entrevista à Radio Penedo FM (97,3 Mhz e www.penedofm.com.br ).
“Tem bairros aqui que parece que é um círculo vicioso, sempre que a gente faz o levantamento do índice, esses bairros estão com índice alto”, lamentou Áurea Marinho. “O cara guarda a água, mas não cuida dessa água, nem cobre e nem limpa, então começa com a falta de higiene e de organização dentro de casa”, afirmou sobre o principal motivo da permanência de focos do mosquito em alguns bairros de Penedo.
Para tentar reverter essa situação, a prefeitura mobilizou secretarias que atuam juntas no projeto direcionado às escolas, públicas particulares, com duas unidades de ensino já visitadas. De acordo com Áurea Marinho, as visitas acontecem nos bairros mais afetados e já foi realizado na Escola Municipal Manoel Soares,situada na Vila Matias, e na Escola Estadual João Valeriano, localizada no bairro Gabriel. A próxima será a Coopepe, que fica no bairro Santa Luzia.
“Os alunos fazem peças de teatro, paródias, rap, a escola recebe um troféu pela participação e as equipes premiadas recebem medalha. Isso estimula a eles pesquisarem, a conhecer a vida do mosquito, os sintomas da doença e o principal: o que fazer para combater, levando essa mensagem para as ruas para alertar a população para ver se a gente consegue diminuir os índices”, explicou Áurea Marinho.