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Meio Ambiente

Áudio: Pesquisador alerta para presença do Peixe-boi no Baixo São Francisco

Mamífero dócil chega a pesar em torno de 800kg; população não deve interferir em seu habitat

Ele chega a pesar cerca de 800 kg. É um animal de grande porte, é não chama atenção pela sua beleza. Também é meio desengonçado, dócil e tira cochilos de até meio dia. Apesar das suas características, não oferece risco nenhum a população. É um mamífero que se alimenta de algas e capim-agulha, um herbívoro.

Por ser dócil, só oferece risco para se. Seu comportamento também é fruto do período de cativeiro. Por ser um animal em extinção, vários exemplares nasceram em cativeiro, para posteriormente serem inseridos no ecossistema. Tudo isso contribuiu para a sua docilidade. Ele também habita a água doce e salgada.

E nos últimos dois meses, um mamífero foi visto em alguns pontos do Rio São Francisco, em comunidades próximas à foz, Cabeço, Resina e Saramé, essas em Sergipe e, em Alagoas, na área do povoado Potengi. E como forma de alertar, o pesquisador voluntário do Projeto Peixe-boi, Pitágoras Viana, concedeu entrevista ao Programa Lance Livre da Rádio Penedo FM (97,3 Mhz e www.penedofm.com.br).

“O animal é grande, chama a atenção pelo tamanho e é criticamente ameaçado de extinção. Isso causa muita preocupação para as instituições que trabalham na sua conservação. O Projeto Peixe-boi atua na sua conservação há 30 anos. Então, existem informações que as comunidades precisam saber. Esta região é de ocorrência histórica. Apesar do Litoral Sul de Alagoas ser considerado instinto, ele se adaptou muito ao Rio São Francisco, que oferece bastante alimento para ele”, pontuou.

Por ser um animal mamífero, é bastante curioso. “A nossa preocupação é pelo desconhecimento por parte da população, por ter ficado muito tempo sem passar pela região. Ele é muito grande, pesado e dócil. Ele pode se aproximar das pessoas, também é muito curioso, por isso também pode chegar aos artefatos de pesca. Os pescadores podem se sentir prejudicados, a princípio. Mas, este animal é extremante importante para o ecossistema do Rio São Francisco, até para atrair turistas até a região”, destacou o pesquisador.

Roberto Miranda - aquiacontece.com.brNos últimos dois meses a sua frequência no Baixo São Francisco aumentou. Ele está em extinção e por isso, é protegido por lei. “Vamos intensificar os trabalhos na região, buscando alertar para que a população não chegue perto, e nem muito menos ofereça água e alimentos. Também pedimos para que os pescadores que possuem barcos de rabeta, quando derem a partida, percebam antes se ele está por perto, para não causar ferimentos que podem levá-los a morte”, concluiu o pesquisador voluntário do Projeto Peixe-boi, Pitágoras Viana.

Devido a sua incidência no Baixo São Francisco, a trabalho será intensificado, como forma de alertar para a sua preservação, enfatizar o trabalho de educação ambiental. Quem tiver qualquer dúvida, e também querer informar sobre a sua avistagem, entrar em contato, podendo ser à cobrar, para número (82) 3298-1288.

O mamífero

Também conhecido como vaca-marinha, ou manati, é um animal bastante curioso, um mamífero aquático que possui um corpo grande, de formas arredondadas, bem parecido com o de morsas, e existe tanto na água doce, como também na marinha. O Peixe-boi pode atingir até 4 metros e a pesar 800 quilos. Habita geralmente as águas costeiras ou estuarinas rasas e quentes.

Informações gerais

Reino: Animal;
Filo: Chordata;
Ordem: Sirenia;
Família: Trichechidae;
Gênero: Trichechus;
Espécie: Trichechus manatus;
Peso: até 800 kg;
Comprimento: até 4 metros;
Expectativa de vida: até 60 anos;
Status de conservação da espécie: criticamente ameaçada de extinção.