
Entulho jogado por construtora ameaça soterrar estátua em Penedo
Moradores da Rua Tenente Mariano, situada no centro histórico de Penedo, apelaram ao programa Lance Livre (Rádio Penedo FM/97,3Mhz) para que a empresa contratada para realizar a reforma de um sobrado localizado nas imediações do Tiro de Guerra promova a retirada dos entulhos que a firma lança em via pública. O material jogado sobre uma praça está cobrindo uma estátua, causa transtornos ao trânsito de veículos e coloca em risco a passagem de pedestres.
De acordo com moradores do local, há muito tempo que a empresa joga o resto de construção em uma ladeira que é conhecida na cidade como “Beco da Quitanda”. O barro jogado por operários ocupa parte da praça, soterrando uma estátua e já alcança a rua, complicando o tráfego de carros e obrigando os pedestres a sair da calçada, local próprio para que os transeuntes se desloquem com maior segurança.
Obra é fiscalizada pelo IPHAN
Segundo o professor e engenheiro Roberto Vieira, o fato chama a atenção da população por se tratar de uma obra que está sendo acompanhada diretamente pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – IPHAN. O sobrado que abrigará a Casa da Amizade e sediará também um albergue para a juventude deve ser entregue totalmente reformado no início do mês de outubro à população penedense.
“Ficamos perplexos com a tamanha falta de respeito do IPHAN conosco aqui em Penedo, pois eu mesmo fui reformar parte de minha casa e o instituto federal logo proibiu que eu alterasse o forro, algo que prontamente atendi por saber da importância de valorizar nossa história com a preservação da nossa memória”, desabafou Vieira.
De acordo com os responsáveis pela obra, ainda essa semana o material que já cobre parte de uma estátua, além de bancos que eram usados no período noturno por moradores da rua, será retirado para que tudo possa voltar a normalidade. Apesar de não acreditar que o entulho seja retirado do local até sábado, populares esperam que a empresa cumpra com a promessa e o IPAHN possa cobrar mais responsabilidade para que suas obras não sejam sujas e prejudiquem a comunidade.