“A crise tem sido a desculpa para muitas falhas nas finanças das administrações municipais”. Assim considera um dos músicos que toca numa orquestra de frevo que prestou seus serviços durante o carnaval na cidade de Penedo e até o momento não recebeu o dinheiro correspondente aos dias trabalhados no sobe e desce das estreitas ruas da histórica cidade. A denúncia foi feita na manhã desta segunda-feira (23) durante o programa Lance Livre da Rádio Penedo FM (97,3 Mhz).
De acordo com o músico Fábio Barreto que tocou na orquestra de frevo durante os dias do Reinado de Momo na cidade ribeirinha, a situação ainda se torna mais estressante pelo trato que eles recebem do secretário de Finanças da prefeitura de Penedo, o funcionário público federal, Carlos Gois, que tem afirmado só pagar quando tiver condições. “Esse mês já fomos informados que se der, vão pagar, e se não der, não pagam”, lamentou o músico.
Segundo os músicos, o contrato foi estabelecido com a Prefeitura de Penedo pelo valor de R$ 14 mil reais, dividido em quatro parcelas, sendo que até o momento somente duas delas foram honradas, mesmo assim com um valor pago inferior a 50% do combinado. “Não temos como nos animar para o desfile cívico do dia 7 de setembro se não recebemos ainda nem o que nos é devido desde o carnaval”, declarou o músico Gilvan Marinho.
Em contato com o secretário de finanças, Carlos Gois, fomos informados de que os pagamentos sempre são agendados para serem cumpridos dentro do prazo estipulado no contrato. No caso dos pagamentos feitos pela Prefeitura de Penedo, requer que a Secretaria de Cultura que originou o débito com a orquestra de frevo, quando da prestação dos serviços, tenha enviado para a Secretaria de Finanças o empenho ou os empenhos com o valor acordado em tempo hábil.
O atraso no pagamento poder ter sido gerado pela demora na entrega do empenho na Secretaria de Finanças, no entanto, o secretário garantiu que cerca de 70% dos débitos do carnaval 2010 já foram pagos à empresa que organizou a festa e ganhou a licitação para operacionalizar os quatro dias. “Pode ser que a empresa que já recebeu cerca de 70% do valor acordado para a realização da festa não tenha tido o cuidado de pagar primeiramente essas questões de palco, som, iluminação e até os músicos”, concluiu Carlos Gois.
