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Política

Áudio: Mário Agra é entrevistado na Penedo FM

Mário Agra foi entrevistado na Rádio Penedo FM (97,3 Mhz)

A Rádio Penedo FM (97,3 Mhz e www.penedofm.com.br ) abre espaço no programa Lance Livre para candidatos ao Senado e ao governo estadual. Nesta sexta-feira, 24, a emissora da Organização Hélio Lopes entrevistou Mário Agra, engenheiro agrônomo e ex-secretário estadual de Agricultura, o candidato do PSOL ao comando do Palácio República dos Palmares.

A conversa começou com a apresentadora Martha Mártyres indagando a ausência dos vices candidatos no horário eleitoral alagoano. Mário Agra ressaltou que 30% do seu programa tem a participação do fiscal de rendas aposentado Maurício Dias, “um homem que tem o coração maior do que corpo”, como definiu o seu vice, católico praticante e militante em partidos de esquerda há mais de 30 anos.

Em relação às propostas para solução de problemas graves em Alagoas, Agra frisou que a violência está relacionada ao tráfico de drogas que toma conta do estado de forma “incontrolável”. Para resolver, é preciso realizar concurso para aumentar o efetivo das Polícias Civil e Militar, melhorar as condições de trabalho e promover aumento salarial, pendências acumulada ao longo dos anos. O deslocamento para as ruas dos militares que atuam nos gabinetes oficiais também foi apontado como medida para combater a violência.

Cinco bilhões e 700 milhões de Reais

A justificativa pública de que não há recursos para contratar pessoal é “balela”, afirmou Agra, fundamentado no valor da arrecadação do Estado, R$ 5 bilhões e 700 mil, segundo o candidato. Parte desse valor é direcionada para o pagamento do governo estadual de dívidas acumuladas ao longo de décadas, mais de R$ 6 bilhões. Por outro lado, o Estado tem a receber uma vez e meia ou até duas vezes mais do que deve, pagamento que não acontece por conta das relações entre devedores e políticos alagoanos, conforme declarou Mário Agra.

“Em determinados governos, esses problemas se aguçam”, disse o candidato sobre a relação entre devedores e governantes. Agra também criticou os gastos da “Casa dos Horrores”, como definiu a Assembléia Legislativa Estadual, que apesar de centralizada em Maceió e com função principal de legislar, custa ao Estado o equivalente ao Poder Judiciário, que tem representação espalhadas em todas as regiões alagoanas e presta um serviço relevante à população.

Para investir em serviços públicos, como saúde e educação, o Estado deve cobrar o que tem a receber, negociar o que deve e a quem deve. Além disso, é possível cortar gastos com a contratação de serviços terceirizados, R$ 170 milhões por mês, segundo Agra.

O Canal do Sertão e setores potenciais de Alagoas

Questionado sobre projetos para pequenos agricultores, Mário Agra destacou a importância do Canal do Sertão para suprir o abastecimento humano, mas critica a “fantasia” propagada em relação a grandes projetos de irrigação. O custo com energia e o valor da mercadoria no comércio que não cobre os gastos com produção são os ‘gargalos’ a serem enfrentados.

Mário Agra citou os setores com potencial reconhecido em Alagoas, mas pouco explorados por conta de poucos investimentos em turismo no litoral e no rio São Francisco, além de retomar o apoio para a região da Bacia Leiteira e ampliar a exploração de minério e do gás natural, por exemplo.

Propostas para Educação

O candidato ao governo do estado disse é preciso contratar professores, frisando a deficiência da falta de docentes nas áreas das Ciências Exatas e Biológicas. Outro gargalo é a desproporção entre unidades de ensino municipais em Alagoas, 2.864, segundo Agra, e apenas 343 estaduais. Além de ampliar a rede pública estadual, é preciso combater a evasão escolar e investir mais recursos em Educação.

Ao final da entrevista, Mário Agra agradeceu o espaço e lembrou que o tempo da entrevista, meia hora – o mesmo espaço para todos os entrevistados – é maior do que o total que dispõe no programa eleitoral divulgado durante a campanha em curso.