Quando chove, aulas na unidade de ensino são suspensas
Depois de ter virado destaque negativo em todo território alagoano, por conta do desabamento de parte do seu telhado, a Escola Estadual Professor Ernani Méro, situada na cidade de Penedo, volta a amedrontar e oferecer riscos aos alunos, funcionários e professores da unidade de ensino que no começo do ano foi incluída no programa de recuperação emergencial lançado pelo governador Teotônio Vilela Filho (PSDB).
Para a ex-diretora da escola, a professora Ana Luiza, que participou na manhã desta segunda-feira, 27 de agosto, do Programa Lance Livre da Rádio Penedo FM (97,3 Mhz e www.penedofm.com.br), há mais de dois anos que a comunidade escolar aguarda pela tão prometida reforma da escola, tema esse que já chegou a ser discutido com autoridades ligadas a área da educação a nível de Estado, em Maceió.
“Já participamos de reuniões em Maceió, onde nos garantiram que a reforma iniciaria o mais rápido possível, mas até hoje nada e a situação vai se agravando. Quando o telhado desabou em 2010, o governo do estado mandou uma equipe aqui que reformou apenas essa sala, deixando as outras na situação em que se encontravam”, declarou.
Quando chove, aulas na escola são suspensas
Ana Luiza contou ainda em sua entrevista que há pouco tempo foi preciso tirar o forro para ver como estava a situação do telhado e descobriu que o problema era mais complicado do que se pensava. “Acho que vão esperar que a escola caia de vez para poder fazer alguma coisa, como sempre”, complementou.
Há cerca de dois meses, a escola passou a ser gerida pela professora Rosimeire Maria dos Santos, eleita de forma democrática para comandar os destinos da unidade de ensino pelos próximos 2 anos. A nova diretora também conversou com a reportagem da Rádio Penedo FM e falou sobre a preocupante situação da escola que no período chuvoso tem as aulas suspensas.
“Quando os rapazes tiraram o forro, me chamaram e me disseram que tinham duas salas com problemas graves. Eles disseram que o telhado dessas salas estavam com cupins e linhas rachadas, então eu fui nessas salas e interditei. Tirei os alunos dessas salas e coloquei em outras duas que estavam em melhores condições”, explicou Rosimeire Maria.
A nova diretora da Escola Ernani Méro disse ainda que já enviou um memorando para a 9ª Coordenadoria de Regional de Educação (CRE) informando a retirada do forro e cobrando providências antes que o pior aconteça. No documento enviado a 9ª CRE, a diretora da unidade de ensino informou também que caso o problema não seja resolvido às aulas na única escola situada na área da 9ª CRE que oferta o ensino do magistério (formação para atuar nas séries iniciais), além dos cursos Fundamental e Médio, serão mais uma vez suspensas.
De acordo com alunos da escola, sempre que chove são ouvidos estalos de madeira, o que faz com que o local seja evacuado. O próprio Ministério Público determinou que quando as chuvas forem pesadas as aulas sejam suspensas, imediatamente, para que seja resguardada a integridade física dos jovens e crianças que frequentam a unidade de ensino.
“Na semana passada choveu forte aí foi a maior correria dentro da sala. Nós ouvimos uns estalos e pensamos que o telhado desabaria naquela hora. Já esta mais do que na hora de alguém tomar alguma atitude no sentido de reformar a escola, antes que uma tragédia aconteça”, acrescentou um aluno.