Parte do telhado da escola já desabou, os cupins continuam destruindo a estrutura da unidade de ensino, o medo de novos acidentes fez com que o Senac e o Ifal deixassem de usar o imóvel como local de aulas em 2010. A relação de problemas Escola Estadual Professor Ernane Méro, situada em Penedo, explicam porque a evasão escolar aumentou, informação passada pelo diretor adjunto Gilberto Gonçalves, vítima de um ‘acidente de trabalho’, pauta da entrevista veiculada nesta quinta-feira, 19, na Rádio Penedo FM (97,3 Mhz e www.penedofm.com.br ).
Preocupado em manter a escola em condições de funcionar, Gilberto Gonçalves conseguiu que um amigo realizasse a limpeza do mato que tomava conta do entorno da unidade de ensino. O diretor adjunto acompanhava o serviço e ao caminhar em meio à vegetação, ele caiu no buraco de uma fossa com cerca de seis metros de profundidade.
“Eu fui mostrar o local para o trator limpar lá atrás, é um local onde o pessoal caminha e não tinha laje, o barro cedeu e eu fui de vez”, recordou Gilberto sobre o acidente ocorrido na última terça-feira, 17. Ele conta ainda que os bombeiros foram comunicados, mas não realizaram o resgate por falta de viatura, que estava quebrada, com o socorro promovido por alunos que conseguiram uma escada emprestada.
“Se fosse uma criança e não tivesse ninguém por perto, estaria morta”, ressaltou o diretor que suspende as aulas a cada chuva forte por medo de novo desabamento do telhado. Apesar das visitas de engenheiros enviados pela Secretaria de Estado da Educação, os serviços de recuperação da unidade ainda não foram iniciados.
Por sorte, não havia dejetos dentro da fossa e a queda provocou apenas escoriações leves no educador que também tem feito o combate aos cupins, aplicando veneno com uma “bombinha”. O repórter Luiz Carlos Oliveira também percorreu as dependências do Ernane Méro e constatou a falta de uso dos laboratórios de informática e de química, apesar de ambos contarem com equipamentos instalados.