Andrea Tonin é uma das três defensoras que assumiu em Penedo
Após um longo período sem contar com a defensoria pública funcionando, a cidade de Penedo volta a ter os serviços da defensoria prestados à população que necessita de assistência jurídica gratuita. Em entrevista à Rádio Penedo FM (97,3 Mhz e www.penedofm.com.br) na manhã desta sexta-feira, 05, a defensora pública recém empossada Andrea Tonin falou sobre a reativação dos trabalhos da defensoria na histórica cidade.
Há tempos que a assessoria de comunicação do órgão relatava que somente trinta e dois defensores atuavam no Estado de Alagoas, quando a unidade federativa dispõe de 102 municípios, número de profissionais que não supria a carência das cidades e forçava na morosidade de vários processos judiciais.
“Fizemos o concurso em 2009 e o mesmo só foi homologado no ano seguinte, sendo a nomeação efetivada tempos depois o que deve suprir a partir de agora a carência que é facilmente identificada no Estado de Alagoas. O número de pessoas que já nos procura para apresentar alguns casos revelam por si o grau de carência em que vivia o estado”, declarou a defensora.
Provisoriamente a sede da defensoria pública funcionará em Penedo no prédio onde também abriga os Conselhos Municipal e Tutelar dos Direitos das Crianças e Adolescentes, localizado na Avenida Getúlio Vargas, em frente a sede do 11º Batalhão de Polícia Militar.
Atendimento
De acordo com Andrea Tonin o atendimento da defensoria é diário e Penedo atualmente conta com três defensoras capacitadas e aptas a atender a população, deixando claro que a missão das profissionais é de estarem à disposição de pessoas hipossuficientes que tenham seus direitos violados. “A defensoria hoje é muito maior que a própria defesa do hipossuficiente em juízo”, disse Andrea.
Parceria
Em parceria com a Rádio Penedo FM, a Defensoria Pública deverá está uma vez por semana nos estúdios da rádio para sanar dúvidas das pessoas em relação a possíveis casos que podem ser solucionados pela defensoria. O novo quadro que deve ser criado no jornalismo da Penedo FM, recebendo cartas e e-mails da população que serão repassados as defensoras semanalmente para sanarem as dúvidas da população.
Falta de Instrução
Para a defensora um dos maiores problemas identificados nos casos que já são de conhecimento das defensoras é a falta de instrução das pessoas. Ela citou durante a entrevista casos de pessoas que são sepultadas sem a certidão de óbito o que ocasiona futuros problemas na elucidação de casos de direitos pleiteados pela família. “Outro fato que nos chama a atenção é a quantidade de pessoas que chegam a defensoria sem portar documentos, algo que automaticamente não lhes garante a titularidade de direito”, finalizou Andrea Tunin.