Cortadores de cana bloquearam a rodovia AL 101 Sul até as 15 horas
Os cortadores de cana que haviam bloqueado a entrada da Usina Paisa e o trevo de acesso à indústria de açúcar e álcool pela rodovia AL 101 Sul devem ter se inspirado no ditado “Se Maomé não vai à montanha, a montanha vai a Maomé” para encerrar o protesto realizado pelo segundo dia consecutivo em Penedo. Ao invés de esperar por representantes do Ministério Público do Trabalho (MPT), eles decidiram deixar a cidade para chegar até a sede da instituição em Maceió.
Por volta das 15h00 desta quinta-feira, 17, o deslocamento de representantes da categoria para a capital alagoana, acompanhados por membros do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Penedo, encerrou o bloqueio da pista que liga Penedo â Maceió pelo litoral. Motoristas de veículos pesados que não tinham como ‘driblar o protesto’ por estradas secundárias esperavam pela liberação do transito desde as 10 horas.
Nem mesmo a mediação da Polícia Militar convenceu os cortadores de cana que haviam bloqueado o acesso à Paisa desde as 7 horas.
Os trabalhadores denunciam que a empresa não paga FGTS há dois anos, em alguns casos há 3 anos, e nem estão conseguindo receber seguro desemprego porque há irregularidades no contrato entre a usina e os cortadores de cana que não foram para o campo pelo segundo dia seguido. Ontem, a manifestação foi encerrada com a promessa de acerto de contas entre cada trabalhador e a empresa que orientou o pessoal a cumprir a jornada de trabalho e só negociar ao final do dia, motivo da nova manifestação.
A informação passada por membros do Sindicato dos Trabalhadores Rurais, dando conta que a Paisa depositou o fundo de garantia referente a dois anos também não amenizou os ânimos, bastante exaltados durante o protesto (confira a entrevista do repórter Luiz Carlos Oliveira, repórter da Rádio Penedo FM/97,3 Mhz e www.penedofm.com.br).
