Comerciantes da Praça Comendador José da Silva Peixoto serão removidos para orla de Penedo
Os comerciantes de artesanato e donos de pontos de alimentação que trabalham em Penedo na Praça Comendador José da Silva Peixoto, situada em frente ao supermercado Ki-Barato, serão removidos para a orla ribeirinha. A informação foi confirmada nesta quinta-feira, 26, pela secretária municipal de Infraestrutura, a arquiteta Melissa Mota, em entrevista à Rádio Penedo FM (97,3 Mhz).
Os novos locais de trabalho dos comerciantes serão entregues até o final de outubro, prazo que sofreu atraso por conta do período de chuvas, segundo a secretária que também falou sobre outros assuntos durante o bate papo com o repórter Rafael Medeiros. Em relação ao espaço destinado a cada concessionário, Melissa Mota disse que os novos pontos de venda terão dimensão igual aos atuais quiosques.
As estruturas em alvenaria serão derrubadas por conta da reurbanização da orla de Penedo, projeto financiado pelo Programa Monumenta com recursos do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). A transferência para o local onde havia um pequeno parque infantil – que deverá ser reconstruído entre as quadras de esporte e os novos quiosques da orla – agradou a maioria dos comerciantes, conforme declarou Melissa Mota.
A aprovação foi confirmada ao portal de notícias Aqui Acontece por Jorge Luiz Santos, 37 anos, 22 deles dedicados ao comércio de peças de cerâmica na praça Comendador Peixoto. “O pessoal gostou da proposta, mas eu acho que vai ficar escondido lá embaixo. Aqui em cima fica mais à vista, o pessoal que chega do rio vê logo”, declarou o comerciante que gostaria de continuar no local onde trabalha desde a época que os produtos eram expostos em barracos de madeira.
Jorge Luiz é um dos oito concessionários que atuam no ramo de artesanato na praça cercada por transtornos causados pelas obras em curso. Os serviços retiraram ambulantes de comida e de bebidas do local onde trabalhavam, pessoal transferido para o outro lado da praça, próximo ao cais da orla ribeirinha. A nova localização agradou os cinco responsáveis pelas barracas que ainda não sabem para onde vão quando a obra for concluída. A indefinição causa angústia à Marina Batista, 55 anos e há mais de 20 sobrevivendo do seu comércio informal. “Se a gente sair daqui, não ficar difícil para pagar as contas”, disse Marina Batista.
